O julgamento do tenente da Polícia Militar Daniel Benitez, acusado pela morte da juíza Patrícia Acioli, iniciado na manhã desta sexta-feira (6), está previsto para ser concluído ainda esta noite. Além do crime de homicídio, ele responde por formação de quadrilha. A sessão é presidida pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce e ocorre sob um rígido esquema de segurança, no Fórum de Niterói, no centro da cidade. Quem ingressa no prédio passa por um detector de metais e tem as bolsas e mochilas revistadas, procedimento que se repete para entrar na sala do júri, onde estão posicionados diversos policiais militares. Segundo a Agência Brasil, até as 17h, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e de defesa. Uma delas, o policial civil Ricardo Henriques, chegou a chorar quando prestava depoimento e alegou estar ameaçado de morte e sob forte pressão psicológica, pois é uma das principais testemunhas contra o grupo de PMs acusados de matar a juíza. De acordo com as investigações, no dia de sua morte, Patrícia Acioli decretou a prisão de vários policiais militares, do 7º Batalhão de São Gonçalo, pelos de crimes de extorsão e execução de pessoas suspeitas de tráfico de drogas. As mortes eram sempre registradas como auto de resistência, ou seja, em confronto com a polícia. Cinco agentes já foram condenados pela morte de Patrícia, com penas que variam de 19 anos e seis meses a 26 anos de reclusão.

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