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Teixeira de Freitas: A 10ª maior cidade da Bahia aos 32 anos

Publicado em: 8 de maio de 2017 Atualizado:: maio 8, 2017

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A idade de Teixeira de Freitas completa 32 anos de emancipação político/administrativa nesta terça-feira, dia 9 de maio. Este ano a cidade comemorou o seu aniversário com três dias de festa na Avenida das Nações, no bairro Monte Castelo, onde passaram grandes artistas da música e espetáculos do nosso folclore regional, a exemplo da Escola de Samba Coroa Imperial de Caravelas.

Durante a sexta-feira, sábado e domingo, o município levou à avenida multidões ao som da voz de grandes artistas do axé music de Salvador. O aniversário de Teixeira de Freitas é nesta terça-feira (09), mas o feriado foi antecipado para o dia 8, segunda-feira, por meio de decreto do prefeito Temóteo Alves de Brito (PSD).

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Teixeira de Freitas é a maior cidade do extremo sul da Bahia, tida como a capital dessa região administrativa com 160.498 habitantes conforme o último cálculo do IBGE de outubro de 2016. Tem 103 mil eleitores. 67 bairros e é a 10 maior cidade da Bahia e a 7ª maior do interior do Estado. Suas praças e ruas são extensas e muito bem arborizadas. O trânsito é intenso e as ruas sempre muito bem movimentadas por causa da pujança do comércio.

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A cidade está ladeada por 13 municípios e pelas regiões nordeste de Minas Gerais e extremo-norte do Espírito Santo. A cidade é o maior polo comercial desse triângulo mesorregional e o terceiro maior polo comercial do interior da Bahia, atrás apenas de Feira de Santana e Vitória da Conquista e possui um público flutuante de 845 mil pessoas.

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Teixeira de Freitas é o 15º maior território do extremo sul com uma área de apenas 1.154 km² desmembrado por ocasião da sua emancipação, dos municípios de Alcobaça (68%) e Caravelas (32%). Somente a cidade possui hoje, 47.537 domicílios residenciais. O SINCOMÉRCIO fechou o dia 31 de dezembro de 2016, com 5.163 empresas ativas e, com 19.211 pessoas trabalhando somente no comércio. No entanto, é do campo que o município mais arrecada com 51% da sua receita tributada.

Sua densidade demográfica é 102,59 habitantes por km², e a taxa média de crescimento do teixeirense anual é de 2,6%, cuja renda média domiciliar mensal é de R$ 2.536,00. Em 31 de dezembro de 2016, a frota de veículos de Teixeira de Feitas, fechou em 50 mil carros emplacados. Atualmente é um veículo para cada 4 pessoas. O crescimento da classe-B na Bahia é de 14,4%. No extremo sul baiano é de 14,7%. Já em Teixeira de Freitas, é de 18,2%, ou seja, o teixeirense melhora de vida mais do que a média da região e do estado.

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Teixeira de Freitas mostra para o Brasil seu potencial econômico adquirido com a cultura do eucalipto, do comércio, da cana de açúcar, do gado e da construção civil. Sendo que os recursos da construção civil aqueceram o mercado teixeirense, porque trata-se de um dinheiro que chega de fora, direto para mão do construtor, do engenheiro, do pedreiro, ajudante, auxiliar de serviços gerais, carpinteiro, eletricista, comerciante, carregador e muitos outros profissionais empregados diretos e indiretos.

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Em 2010, a cidade possuía apenas 6 imobiliárias e 9 corretores. Hoje a cidade possui 20 imobiliárias e 152 corretores de imóveis credenciados. Nos últimos 6 anos, a cidade expandiu 40% do seu território urbano, em todas as direções, fruto da criação de novos bairros, condomínios e centros empresariais. E a cidade se tornou a grande metrópole da região onde de tudo é possível se realizar e encontrar, e serve atualmente de referência comercial, educacional e empresarial para três povos divisórios, baianos, mineiros e capixabas.

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Teixeira de Freitas, tem o seu nome em homenagem ao baiano Mário Augusto Teixeira de Freitas, nascido em 31 de março de 1890 na cidade de São Francisco do Conde e morreu aos 66 anos no dia 22 de fevereiro de 1956 na cidade do Rio de Janeiro. Tratou-se do estatístico brasileiro que fundou o Instituto Nacional de Estatística, cujo nome foi mudado em 1938 para Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

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O baiano Mário Augusto Teixeira de Freitas formou-se em Direito em 1908 e se destacou como um dos mais expressivos pensadores do país, em um período marcado por expoentes saídos de movimentos modernistas e revolucionários dos anos 20, como Alceu Amoroso Lima, Gilberto Freire, Azevedo Amaral e Oliveira Viana. O seu pensamento teve como marca a abrangência da reflexão teórica e a eficácia da intervenção no sistema político, administrativo, social, técnico e científico do país.

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A homenagem ocorreu porque o governo achou por bem prestar-lhe uma homenagem póstuma, tendo os chefes das agências de estatísticas recebido ordens da direção central do IBGE, no sentido de propor junto aos prefeitos de cada município baiano que fosse dado o nome de Mário Augusto Teixeira de Freitas a um logradouro. Em 1957, o então chefe das agências de estatísticas de Alcobaça, o Sr. Miguel Geraldo Farias Pires, em cumprimento às determinações emanadas da Inspetoria do IBGE na Bahia, oficialmente, solicitou da Prefeitura e Câmara de Alcobaça a homenagem póstuma ao imortal baiano Teixeira de Freitas, dando-lhe o seu nome ao Povoado de São José de Itanhém, o que foi bem aceito pelo Executivo e Legislativo de Alcobaça.

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A emancipação do município foi estabelecida pela Lei 4.452 de 9 de maio de 1985. A instalação se deu em 1º de janeiro de 1986, tendo o chefe político Temóteo Alves de Brito sido empossado como primeiro prefeito do município, após longa caminhada política por sua emancipação e eleito pelo voto direto do povo. Na época como homens constituídos politicamente, o vice-prefeito de Alcobaça, Gilson Roque do Nascimento, o presidente da Câmara, Permindio Muniz Bomfim e os vereadores Gessé Inácio do Nascimento, Pedro Guerra e José Militão Guerra encabeçaram o projeto de Lei da emancipação de Teixeira de Freitas.

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A história da cidade de Teixeira de Freitas, embora recente, guarda aspectos pitorescos e valiosos que auxiliam a analisar a situação socioeconômica atual no município. Vários destes aspectos foram relatados por antigos moradores e, entre eles o fato de que em 1965/66 já existiam vários núcleos que, embora vizinhos, pertenciam a municípios diferentes: é o caso de Vila Vargas, Jerusalém, São Lourenço e o povoado Duque de Caxias, que pertenciam ao município de Caravelas. Monte Castelo, Bairro da Lagoa (onde esta o shopping Teixeira Mall Center) e o bairro Wilson Brito (Buraquinho) pertenciam a Alcobaça. Teixeira de Freitas foi criado, portanto, com o desmembramento de terras de Alcobaça e Caravelas.

O Povoado de Teixeira de Freitas teve sua origem em conseqüência do grande volume de madeira de lei existente na região, o que proporcionou a formação de casas, criando assim, o povoado, que mais tarde foi denominado São José de Itanhém, por ficar próximo à margem esquerda do rio Itanhém.

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Entretanto, há relatos de que já na década de 50, quando ainda havia matas virgens no local onde hoje se situa Teixeira de Freitas, chegaram os Senhores Hermenegildo Félix de Almeida e Júlio José de Oliveira, iniciando o desmatamento; posteriormente, a firma Eleosippo Cunha construiu um acampamento coberto de palhas, dando início à extração de madeira. Em 14 de abril de 1958, na capela de São Pedro, foi celebrado o primeiro casamento religioso, sendo o celebrante o Frei Olavo e como nubentes, os Senhores Aurélio José de Oliveira e Dona Izaura Matias de Jesus.

O povoado de São José de Itanhém era conhecido popularmente como “Povoado Perna Aberta”, hoje no centro de Teixeira de Freitas, as antigas rodagens estão localizadas na Avenida Marechal Castelo Branco e Rua Princesa Isabel, fazendo sua junção na esquina em frente ao Bradesco. Mesmo sem contar com qualquer infra-estrutura, inclusive energia elétrica e vias de acesso razoáveis, estes núcleos atraíram contingentes migratórios consideráveis e, no ano de 1980 Teixeira de Freitas era um expressivo centro regional, com mais de 60 mil habitantes, sem ainda ser emancipado politicamente.

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Ate a década de 70 o vilarejo de Teixeira de Freitas, perdido na Mata Atlântica que ainda restava no interior baiano, era apenas uma referência para os seus próprios e poucos moradores, ocasião que a localidade era chamada de “Mandiocal”.

A constituição do município é muito recente. Até ha pouco tempo, 1986, o núcleo urbano possuía uma situação muito singular. A sua subordinação administrativa era dividida entre dois municípios. A vila que atualmente dar origem a Teixeira de Freitas se localizava exatamente na linha divisória entre os municípios de Alcobaça e Caravelas. De tal modo que algumas ruas estavam em um município e outras no seu vizinho.

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Alcobaça, sede do município que dispensava uma atenção um pouco maior ao povoado pela simplicidade de sua organização administrativa e pela pouca importância da Vila de Teixeira de Freitas, não possuía nenhum mecanismo legal e constante para o acompanhamento e a fiscalização sobre o que e como se construía. Assim o núcleo urbano ia se estendendo, desorientado.

A partir da década de 70, com a construção da rodovia BR-101, e num movimento que já havia se iniciado alguns anos antes com pouca intensidade, a mata vai sendo derrubada e substituída por pastagens. Inicialmente, num processo mais lento, chegaram os criadores do interior baiano. Após a construção da rodovia, vieram principalmente os criadores mineiros e os madeireiros capixabas que, numa conjugação de interesses, intensificaram a tomada da mata. O núcleo então começa a ganhar força.

A chegada das serrarias foi decisiva no grande aumento do movimento na já dinâmica região e reforçou a tendência de expansão de todo o comércio.

O solo se mostrava adequado para a agricultura. A fase do “milagre brasileiro” promove a expansão do mercado consumidor no sul do país. As terras de Teixeira de Freitas passam a atrair migrantes agricultores e empresas cooperativas, sedentos de produção e lucro rápido.

O beneficiamento da madeira, a agricultura produtiva, um mercado comprador assegurado, o gado se reproduzindo nas pastagens e a rodovia abrindo as portas ao migrante ávido de oportunidades aceleram o crescimento do povoado, que estava ainda na dependência Político-administrativo de Alcobaça e Caravelas.

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A cidade de Teixeira de Freitas atualmente se destaca no nordeste brasileiro pelo grande crescimento econômico, principalmente no seu pólo comercial e o aquecimento constante da construção civil no município. A festa de maior tradição do calendário anual é o aniversário da cidade que acontece sempre impreterivelmente no período conciliado ao dia 9 de maio e também a festa da exposição agropecuária que acontece sempre no mês de outubro.

A Lei de emancipação política de Teixeira de Freitas se deu em 9 de maio de 1985, mas só em 1º de janeiro de 1996, que o prefeito, vice e vereadores tomaram posse no executivo e no legislativo. O 1º prefeito do município foi Temóteo Alves de Brito, tendo sido também o 3º prefeito e atualmente ocupa o cargo novamente como o 9º prefeito do município.

Os 13 vereadores da época foram: Amélia Maria Stancine Campana; Denerval Alves Cardoso; Cláudio Seije Watanabe; Draus Coelho Rocha; José Lomanto Cardoso de Matos; José Sérgio Almeida Figueiredo; Ricardo Ramos Pereira; Osair Nascimento Correia; Wagner Ramos de Mendonça e Wilson Alves de Brito Filho “Wilsinho”. Além dos já falecidos Wilson Guimarães Soares, Geraldo Antônio Roni e Ervino Stock.

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Na ocasião dois suplentes assumiram os cargos provisoriamente que foram: Agnaldo Ferreira dos Santos e Gilmar Guimarães Queiroz. O médico Nelson do Prado Fernandes também teve uma passagem de 3 meses e 29 dias pelo parlamento no início do mandato, mas ele que era o presidente da casa na época, teve o mandato interrompido pela justiça eleitoral antes de completar 4 meses de legislatura por erro na soma do quociente eleitoral e todos seus feitos foram cassados.

Quando foi eleito um novo presidente, tendo sido José Sérgio Almeida Figueiredo, o “Zé Sérgio”, considerado como o 1º presidente da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas, de fato e de direito, durante o mandato de 29 de abril de 1986 a 31 de dezembro de 1987. (Por Athylla Borborema e com fotos de Paulo diSouza Fotografia e da Agência Lado-B).


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