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“Sem teto”: Mais de mil pessoas ocupam mais uma área de terra em Teixeira de Freitas

Publicado em: 24 de março de 2015 Atualizado:: março 24, 2015

De acordo com o líder do movimento, Rolemberg Araújo, mais de mil famílias devem remarcar os lotes em duas áreas do Cidade de Deus, em Teixeira de Freitas.

OCUPAÇÃO 1

Os terrenos foram ocupados neste domingo, 22 de março, e mais de 300 famílias já foram cadastradas pelo Movimento dos Sem Teto, uma ação independente do Movimento de Luta por Teto (MLT), responsável pela ocupação na área da Grendene.

Segundo Rolemberg, a ocupação pretende fazer valer o direito à moradia previsto na Constituição Federal. Ainda de acordo com ele, os terrenos ocupados pertencem ao município. Rolemberg vai tentar se reunir com o chefe do executivo local e a Secretaria Municipal de Habitação ainda nesta segunda-feira, 23, para discutir a situação dos sem teto.

OCUPAÇÃO 2

Além dos terrenos do Cidade de Deus e na Grendene, outra área foi recentemente ocupada no final da Avenida Estados Unidos, no Ulisses Guimarães; 102 famílias fazem parte do movimento.

O Sulbahianews esteve no local, mas os responsáveis pela ocupação não foram encontrados. Há rumores de que a área seja do município, mas também há informações de que o terreno seja particular. Novas reuniões devem definir o futuro do movimento ainda esta semana.

Apesar do programa federal de habitação popular, o Minha Casa Minha Vida, segundo os sem teto, o déficit habitacional em Teixeira de Freitas é muito grande, e o benefício não conseguirá suprir a carência de moradia a curto prazo.

Segundo o secretário de habitação do município, Marco Antônio Veronesi, estima-se que o déficit habitacional de Teixeira de Freitas seja de cerca de 8 mil moradias. Até outubro deste ano o executivo local pretende entregar 2.200 (duas mil e duzentas) casas, já em fase de construção. Outras 5 mil moradias deverão ser construídas com a futura implantação do PAC.

OCUPAÇÃO 3

Um grande problema das ocupações, ainda de acordo com o secretário, é que boa parte dos invasores não precisam dos lotes e participam dos movimentos com o objetivo de especular, evitando que famílias realmente carentes, sejam beneficiadas.

Ano passado, a secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, apresentou em São Paulo, os novos números do déficit habitacional no Brasil. Foram divulgados resultados do déficit habitacional do país, apurados pelo Ministério das Cidades (MCidades) em parceria com a Fundação João Pinheiro (FJP), tendo como base Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2007, quando o déficit era de 7,288 milhões de moradias.

O déficit foi calculado em 6,273 milhões de domicílios, considerando as mudanças na metodologia, que consegue chegar a uma estimativa mais próxima à realidade. Por: Uinderlei Guimarães/SN


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