Publicado em: 13 de janeiro de 2022 Atualizado:: janeiro 13, 2022
Uma das figuras públicas da educação baiana de maior prestigio no meio acadêmico e das letras, tanto na comunidade cultural e educacional, quanto na comunidade artística dos escritores, poetas e intelectuais, após décadas lecionando no ensino fundamental, médio e superior, a professora Arolda Maria da Silva Figuerêdo, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), finalmente iniciou 2022 estreando na literatura com o lançamento do seu primeiro livro “Uma pitada de poesia de mulher”.
A sua tão sonhada e aguardada obra literária foi publicada pela Lura Editorial/SP, a obra apresenta os primeiros poemas escritos pela profissional das letras que, após anos dedicados ao magistério, decidiu se aventurar na poesia autoral. O resultado é irresistível como o leitor poderá verificar lendo os textos contidos no festejado livro.
Ao todo, são 37 poemas pintados de negritude e marcados pela crítica em favor da mulher, especialmente da mulher negra, vitimada pelos abusos e descasos acumulados no transcorrer da história humana ocidental. No velho ou no novo mundo, a mulher sempre foi vista como coadjuvante, na melhor das hipóteses, ou como objeto do desejo ou da conveniência patriarcais, na maioria das vezes.
Em poemas como “E agora, mulher?”, “Ser negra”, “Sou preta”, “Mulher preta, retinta”, “Mulher insubmissa”, “Sou matizada”, “Sou afroindígena” e em tantos outros Arolda Figuerêdo celebra a negritude, convoca o empoderamento feminino e conclama as mulheres à resistência, a conquistarem a liberdade e, por fim, darem a volta por cima em favor da vida.
Todavia, o livro não se resume às pautas femininas e feministas e apresenta outras tantas demandas caras à atualidade, como a pandemia do coronavírus, a questão ecológica, o fazer poético, o olhar sobre o extremo sul baiano e, também, o retorno a Ponta de Areia – terra natal da autora, um histórico e luxuoso balneário cultural do município de Caravelas.
Se não bastasse tudo isso, o 1º livro de poemas de Arolda Figuerêdo ainda conta com o apoio de um prestigiado trio que dispensa apresentações. Trata-se das também professoras Aline Santos de Brito Nascimento, que cuidou da apresentação; Enelita de Sousa Freitas, que prefaciou a obra; e Karina Lima Sales, que cuidou dos textos da orelha e capa. A epígrafe, que abre a seleção de poemas, é de ninguém menos que Conceição Evaristo.
“Com essa pitada de poesia de mulher, a escritora Arolda Figuerêdo começa com o pé direito e a nós não resta outra saída senão ler, divulgar e aplaudir a sua poesia humana, comprometida e libertária”, pontuou o poeta, ficcionista e jornalista Almir Zarfeg, que cuidou da edição da obra e é presidente de honra da Academia Teixeirense de Letras.
A poetisa Arolda Maria da Silva Figuerêdo é professora de Literatura Brasileira e Teoria Literária do Campus X da UNEB – Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Ela é membra benemérita da ATL – Academia Teixeirense de Letras. Além de licenciada em Letras com habilitação em Literaturas de Língua Portuguesa é também especialista em Língua Portuguesa, Planejamento Educacional, Docência do Ensino Superior, Planejamento Educacional, Gestão de Sistemas e em Literatura Brasileira, é mestra em Crítica Cultural pela UNEB – Universidade do Estado da Bahia.
Fonte: Teixeirahj
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