O deputado federal Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, falou sobre o futuro político do Brasil, a pré-candidatura de Ronaldo Caiado à presidência e a atual situação do governo de Lula (PT). 

Durante o evento da entrega da Comenda 2 de Julho e do lançamento da pré-candidatura de Caiado a presidência, o parlamentar expressou seu apoio à ideia de uma candidatura mais centrada, que pudesse dialogar tanto com a direita quanto com o centro, visando uma alternativa ao que ele chamou de extremos da política brasileira.

“O partido trabalha para que a gente possa construir uma candidatura mais ao centro, que tenha apoio da direita, mas que seja uma candidatura de centro. Que possa pensar no Brasil. Nós achamos que Caiado é um destes nomes que pode representar esse anseio da população brasileira, de que a gente possa romper essa questão dos extremos, da esquerda ou da extrema direita, e construir uma candidatura que possa pensar no Brasil, pensar na educação, na saúde, e que possa diminuir o imposto”, afirmou Paulinho.
O deputado também comentou as recentes pesquisas que apontam uma queda na popularidade do presidente Lula, especialmente em redutos tradicionais do petismo, como o Nordeste. Na última eleição, o estado da Bahia, por exemplo, deu 74% dos votos a Lula. Contudo, Paulinho acredita que o enfraquecimento do presidente é um reflexo de sua condução do país.

“Acho que isso é um reflexo da maneira como o presidente Lula tem conduzido o Brasil. Ele tem feito um governo muito fechado, conduzido apenas com seu partido e com antigos aliados que o visitavam na cadeia, enquanto abandona outros que foram parceiros de sua trajetória. Isso tem gerado uma crescente tendência de desprestígio e desconfiança por parte da população. Eu acredito que é muito difícil para o Lula reverter essa situação. Para isso, ele teria que mudar completamente a condução do governo, o que não tem feito. Na última reforma ministerial, ao invés de abrir o governo, ele o fechou ainda mais”, analisou.

Paulinho também se posicionou sobre a construção de uma federação entre o Solidariedade e outros partidos. Segundo ele, as conversações estão em andamento, com alguns partidos, como o PSD de Gilberto Kassab e o PL de Valdemar Costa Neto, ainda fora dessas discussões. Apesar das dificuldades, o deputado acredita que as negociações estão avançando e espera concluir as conversas até o final de abril.

“Embora pareça simples, a construção de uma federação não é. Existem problemas nos estados, e estamos conversando com vários partidos. Esperamos que essas conversas cheguem a um desfecho até o final do mês. Mas, por enquanto, não podemos dizer com certeza para onde estamos indo”, finalizou Paulinho.

Solidariedade na Bahia

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