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Para Lídice, convenção do PT é ‘espetáculo’ de força para candidato fraco

Publicado em: 28 de junho de 2014 Atualizado:: junho 28, 2014

LIDICE M

A senadora Lídice da Mata, candidata ao governo da Bahia pelo PSB, criticou o uso da máquina do governo da Bahia pelo governador Jaques Wagner (PT) para tentar eleger o seu sucessor, Rui Costa (PT), que oficializa a sua candidatura nesta sexta-feira em uma convenção no Parque de Exposições de Salvador. “É uma festa pré-concebida para ser um espetáculo. Um espetáculo que possa mostrar a força de uma candidatura que tem demonstrado pouca força individual. É a força da máquina funcionando, é a força da máquina se expressando e cada um mostra o que tem neste momento. Nós mostramos uma convenção muito rica com participação e espontaneidade, sem ninguém ganhando [dinheiro para participar], recebendo apoio de transporte ou qualquer outro tipo de apoio e fizemos uma festa muito bonita com a nossa convenção”, declarou Lídice em entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta sexta.

Questionada sobre os declarações do adversário petista, que questionou a real possibilidade de crescimento de Lídice no decorrer das eleições, ao contrário da pesquisa IBOPE, que a coloca em segundo lugar, Lídice rebateu com ironia. “Estou muito bem hidratada. Quem está desidratado é o candidato do governo, que precisa trazer a presidente Dilma, trazer Lula e gastar muito dinheiro para encher uma convenção. Estve até gripada no São João, mas não sofri desse mal não. Eu tenho muita confiança no povo e acho que essa não é uma eleição de máquina. Essa eleição vai demonstrar insatisfações e eu creio que vai ter espaço para uma terceira via. O Brasil demonstrou durante as duas últimas eleições que há espaço para uma terceira via”.

Lídice refutou qualquer débito com o PT, que a apoio para o Senado em 2010 ao Senado Federal , e explicou também que já havia retirado duas vezes sua candidatura para apoiar o projeto do governador, de quem se declarou amiga e afirmou respeitar. “Com o PT tenho uma relação política e as alianças se fazem e se desfazem . O PT é um partido que tem como característica o exclusivismo. Abrimos mão para apoiar Pinheiro, fui vice dele. Depois não concorri para apoiar Nelson Pelegrino e naquela oportunidade disse ao governador por escrito e pessoalmente que não era possível que os outros partidos estivessem compondo apenas para enfeitar a aliança. Nós estávamos abrindo mão de uma candidatura por duas vezes e o PCdoB também, que retirou a candidatura de Alice Portugal para apoiar Nelson e Olívia foi vice. Eu disse ao governador na época que em 2014 não retiraria mais a candidatura. Isso fica parecendo um truque. Internamente o PT lança os nomes e isso paralisa os partidos aliados que ficam esperando o que vai acontecer. Os outros partidos resolveram voltar atrás e o nosso não. E isso é democracia. Dentro de um processo democrático os nomes precisam ser amadurecidos e com a capacidade de cada um como liderança política. Não é que ele não vá ser eleito, mas é que vai ser muito caro tentar elegê-lo.”, explicou.

A senadora também criticou a falta de projetos do candidato de Wagner e a ausência de marcas que representem o governo petista na Bahia. “O programa de governo tem que será marca de um governo. Nós apostamos em um governo que fosse capaz de democratizar a Bahia e o governo Wagner foi capaz de fazer isso até certo ponto. Hoje o governador discute a sucessão do projeto do PT. O governo não pode ser só do PT, tem que ser do conjunto de forças que viabilizou a vitória. Se não for assim vira projeto político de um só partido e isso fere o principio básico da democracia que é a alternância de poder. A volta de Paulo Souto é um volta da insatisfação com o atual governo. A exigência da população aumentou com a saúde, segurança e educação e quer de nós a melhoria desses serviços. O governo de Wagner teve poucas metas, dispersou muito os serviços e tem poucas marcas. Basta verificar a propaganda do governo. Em quantidades generosas e em serviços. Nós precisamos criar metas claras”, afirmou a senadora que pretende fazer uma campanha “com a ideia de apresentar propostas”, já que dispõe de pouco tempo de rádio e TV.

Emerson Nunes


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