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‘Minha religião agora é Irmã Dulce’, diz Regina Braga, que fará a ‘beata dos pobres’ no cinema

Publicado em: 10 de maio de 2014 Atualizado:: maio 10, 2014

IRMÃ D

A atriz mineira Regina Braga (67 anos) será a responsável, ao lado da colega carioca Bianca Comparato (28 anos), por protagonizar o filme sobre a vida da Irmã Dulce, a ‘Beata dos Pobres’ baiana, que deve chegar às salas de cinema de todo o Brasil até o final do ano, provavelmente entre o final do mês de outubro e o início de novembro. Sob direção do cineasta Vicente Amorim (Caminho das Nuvens, Corações Sujos), a equipe do longa-metragem está em Salvador desde o último dia 15 de abril, em diversas locações na cidade, onde a obra será totalmente filmada. A reportagem do Bahia Notícias teve a oportunidade de acompanhar um dos dias de filmagem na capital baiana, no Palácio Rio Branco, na Praça Municipal, quando conversou com Regina, rosto conhecido em diversos trabalhos na TV brasileira, que vive o desafio de fazer Irmã Dulce a partir dos 45 anos (a fase mais jovem da beata é feita por Bianca Comparato). Casada com o médico Dráusio Varela e mãe do ator Gabriel Braga Nunes (filho do diretor de teatro Celso Nunes), Regina assume que pouco conhecia sobre Irmã Dulce até o convite para o papel. “Tinha ouvido falar, sabia que era uma religiosa baiana, mas confundia um pouco (sua imagem) com a Madre Tereza de Calcutá”. Por isso, a atriz sabe que o filme terá um papel muito importante em ampliar o conhecimento sobre a vida de Irmã Dulce, especialmente neste ano, que marca o centenário de nascimento do ‘Anjo Bom da Bahia’. “Fui ficando encantada por sua história. Foi importante vim para a Bahia antes do início das filmagens para entender melhor o que ela representa aqui. Todo mundo tem uma história para contar sobre Irmã Dulce”.

REGINA 2Regina é mãe do  ator Gabriel Braga Nunes, que está na novela ‘Em Família’

Regina admite que chegou a duvidar se teria capacidade de fazer o papel, por não se achar inicialmente muito parecida com Dulce e também por ter pouco experiência em cinema. “Minha formação maior é no teatro, no palco. Claro que tenho minhas inseguranças, mas lá eu tenho controle da situação. Cinema é outra coisa. Você faz muitas vezes a mesma cena. Mas agora já estou mais tranquila. Também tinha dúvidas se eu, loira e de olhos claros, podia fazer a Irmã Dulce. Foi a Maria Adelaide Amaral (dramaturga portuguesa radicada no Brasil), minha amiga, que me disse: ‘você pode sim, é muito parecida com ela!’. Relaxei. Não posso fazer um retrato dela, ser igual, mas posso fazer uma pintura, me ater aos detalhes dos seus gestos. Mesmo assim, ainda não tenho coragem de me ver no que gravamos. Acho que vou ter que tomar um calmante quando estrear o filme”, brincou a atriz. Quando questionada sobre a sua religiosidade, Regina diz preferir “não abordar o assunto”. “Não quero falar sobre isso, quando você fala da sua religião, parece que está batendo contra a de alguém. Prefiro falar na bondade que o ser humano é capaz de fazer, de amarmos uns aos outros. Isso Irmã Dulce me mostra. Minha religião agora é Irmã Dulce. Acho lindo ela se colocar acima de qualquer crença, ela tinha essa abertura. Esse exemplo é super importante para o atual momento do país. Tem muita gente que não se sente fortalecida na sua bondade, não encontra exemplo de pessoas que venceram pela bondade. Essa é sua história, de mostrar o poder da bondade e do amor, acima de qualquer religião. Acho que a função desse filme é mostrar esse exemplo para o Brasil”.


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