Publicado em: 25 de fevereiro de 2024 Atualizado:: fevereiro 25, 2024
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) abriu o ato deste domingo (25) em defesa de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, com uma oração coletiva. Ela chorou no início de sua fala e disse que não tinha como controlar a emoção.
Michelle falou em sofrimento dos aliados de Bolsonaro e chamou a todos de “povo de bem”. Ela disse que o Brasil tem sido mal administrado na gestão do presidente Lula (PT) e que sua fé tem sido renovada diante do que chama de “injustiças” contra o seu marido.
Bolsonaro convocou a manifestação, organizada pelo pastor Silas Malafaia, com o alegado objetivo de se defender das acusações imputadas contra ele e defender o Estado Democrático de Direito.
O ex-presidente é investigado pela Polícia Federal suspeito de envolvimento em um plano de golpe para mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Presidente do PL Mulher, Michelle é considerada um importante ativo no partido e tem se engajado na filiação de outras mulheres à legenda. Seu nome é considerado para uma candidatura ao Senado e chegou a ser aventado até para a Presidência –possibilidade que desagrada Bolsonaro.
Também foi mencionada uma possível candidatura de Michelle para o Senado pelo Paraná, caso a Justiça Eleitoral determine a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil).
Ao longo da campanha de 2022, a presença da ex-primeira-dama foi explorada pela campanha de Bolsonaro, com o intuito de suavizar a imagem do ex-presidente e diminuir sua rejeição entre as mulheres –uma de suas principais fraquezas.
Desde a deflagração da operação da PF que atingiu o marido, Michelle se manifestou algumas vezes nas redes sociais para defendê-lo. Ela disse que o ato deste domingo seria pacífico, em defesa da democracia e da liberdade.
A operação também levou Michelle a cancelar uma viagem que faria para palestrar em igrejas nos Estados Unidos, ao lado da senadora Damares Alves (Republicanos).
Por: Ana Luiza Albuquerque e Artur Rodrigues / Folhapress