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Fora de ano eleitoral, Dois de Julho é morno e sem grandes polêmicas políticas

Publicado em: 3 de julho de 2017 Atualizado:: julho 3, 2017

BAHIA 1

Se alguém esperava um Dois de Julho de efervescência política na Bahia, se decepcionou em 2017. Porém nada muito distante das expectativas de quem acompanha o cenário local. Sem eleições, os anos ímpares são mornos para grandes polêmicas entre os políticos. A única rusga registrada pelo Bahia Notícias, por exemplo, foi uma resposta do prefeito de Salvador, ACM Neto, ao ex-governador Jaques Wagner, a quem acusou de ter “incontinência verbal”. Fora essa faísca, nada muito contundente.  Vale destacar, no entanto, que os movimentos sindicais cumpriram a promessa de tentar acuar ACM Neto. Os relatos apontam que, a cada trecho do cortejo do Dois de Julho, o prefeito de Salvador ouviu coros de golpista, abafados por contra-gritos da claque do atual ocupante do Palácio Thomé de Souza. O resultado foi uma reação tardia, em tom de provocação aos adversários, quando já não havia mais tempo para embates. Rui Costa foi discreto e evitou polêmicas em público, mantendo o tom que adotou há algum tempo. A crise com classe política ficou em Brasília. Passou longe das terras baianas. Já a festa cívica foi celebrada por diversos atores que aproveitam o trecho da Lapinha ao Terreiro de Jesus de palanque. Mas também por pessoas comuns, que usam a data magna da Bahia para exercer o direito à cidadania. Como bem lembrou o autor Laurentino Gomes, é uma pena que, por questões de preconceito regional, o Dois de Julho não seja celebrado no país como a verdadeira independência brasileira. “Sem o Dois de Julho e a luta dos baianos pela independência em 1823, o Brasil de hoje não existiria”, disse ele em entrevista a rádio Metrópole. A batalha de 2 de julho de 1823 está longe de encerrar. O repórter Francis Juliano, inclusive, registrou um momento interessante na cobertura de ontem. Enquanto o ator George Washington, do Bando de Teatro Olodum, falava que queria aproveitar o Dois de Julho para uma reflexão sobre que país esperar para a filha dele, a garotinha chamava, insistentemente, pelo “papai”. E por mais que o sistema político insista em diminuir a independência do povo, é pelas crianças, a exemplo da filha de George Washington, que não se deve parar de lutar. 


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