FOCO NO PODER
Por Dilvan Coelho
Lula apareceu
Depois de um longo período mergulhado, Lula apareceu, mas, na imprensa dos Estados Unidos, através de artigo publicado no “The New York Times”. Lula diz que “as manifestações são, em grande parte, o resultado de sucessos sociais, econômicos e políticos” e cobra “profunda renovação” do PT. O ex-presidente cita o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ao dizer que “tem-se dito, e com razão, que enquanto a sociedade entrou na Era Digital, a política permaneceu analógica”. O que Lula não quer entender é que na política existem ciclos e o ciclo do PT está acabando devido, principalmente, a esta era, que está revolucionando o mundo.
Sucessão na Bahia
O governador Jaques Wagner está chegando à conclusão de que para ganhar a eleição precisa compor com os demais partidos da base aliada e não ter que tirar do bolso um candidato do PT, como é o desejo do partido. Dos candidatos do PT o que tem maior densidade eleitoral é o senador Walter Pinheiro, porém, já tem mandato e é atuante. Os três partidos mais fortes da base aliada são o PT, PSD e PP. Sendo assim, ele mesmo já cogitou que poderá ser candidato ao senado pelo PT, Otto Alencar a governador pelo PSD e João Leão a vice-governador pelo PP. Esta é uma aliança possível para ganhar a eleição.
E as manifestações?
A pergunta que não quer calar é saber se as manifestações vão continuar tirando o sono dos políticos e dos que estão no poder. O fato é que os movimentos colocaram os políticos contra a parede: ou eles mudam a forma de atuar, ou, o povo os muda. Na pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), para 65% dos entrevistados, as manifestações podem interferir no resultado das urnas em 2014 e que 84% aprovam as manifestações nas ruas. Diante disso se conclui que as manifestações irão continuar e as redes sociais continuarão sendo os grandes meios de mobilização, independente da grande imprensa.
A vinda do governador
Estava programada a vinda de Jaques Wagner a Teixeira de Freitas no dia 16 de julho, mas, sua visita foi cancelada sem maiores explicações. Em seu lugar veio o secretário de Agricultura, Eduardo Salles, para uma reunião com os prefeitos. Se o governador viesse, a população estava se preparando para cobrar a dívida que ele tem com a cidade. Isso porque, até agora, ele não deu o retorno que Teixeira merece e espera, porque foi o município onde ele teve a maior vitória da Bahia na sua primeira eleição. No entanto, até agora, a única obra que está sendo realizada é o esgotamento sanitário, assim mesmo com recurso federal do PAC2.
Fala sério, João!
O prefeito de Teixeira, João Bosco, foi eleito com a maior votação da história política da cidade – 58% dos votos válidos. Entretanto, depois de 200 dias de governo e já ter arrecadado mais de 120 milhões de reais, nenhum investimento foi realizado com recursos próprios. Se o gasto com a folha não pode ultrapassar 54%, ou seja, 65 milhões, deveria sobrar para investimento 55 milhões. Para onde foi esse dinheiro que ninguém sabe. Você disse num café da manhã que ofereceu à imprensa no Dia do Jornalista, que sua administração serviria de modelo para a Bahia. Seria este o modelo de gestão recomendável?! Fala sério!
A novela dos secretários
Por mais de uma vez a imprensa de Teixeira anunciou a queda do secretário de Saúde Marcus Pinto, porém, ele continua firme; não tão forte. Isso porque a saúde continua sendo o calcanhar de Aquiles do governo de João Bosco. Enquanto isso, a secretária de Educação pediu para sair e o seu substituto ainda não foi nomeado. O secretário de Finanças, Ari Santos, continua acumulando as duas pastas. Quem será o herói?
Aviso aos navegantes
Não procure vencer teus inimigos à custa de combates e de vitórias. Esse é um caso em que o “bom” é melhor do que o “excelente”. Quanto mais te elevares acima do “bom”, mais te aproximarás do “pernicioso” e do “ruim”. É preferível subjugar o inimigo sem travar combate. É de suprema importância atacar as estratégias do inimigo.