Publicado em: 21 de fevereiro de 2017 Atualizado:: fevereiro 21, 2017
A dançarina baiana, Carla Sueli Silva Freitas, conhecida como “Carla Minhoca”, foi presa na última quarta-feira (15) suspeita de exploração a brasileiras na Itália e na Eslovênia. Segundo a polícia, Carla faz parte de um grupo de criminosos acusado de atuar em uma rede internacional de tráfico de pessoas e favorecimento à prostituição.
A baiana é ex-dançarina da banda Fantasmão e do cantor Silvano Salles. Segundo reportagem exibida no Fantástico, na noite de domingo (20), na mesma operação foram presas outras 14 pessoas. Carla foi detida em companhia de Dayana Paula Ribeiro da Silva e Emanuella Andrade Bernardo na Itália, em uma ação conjunta entre as Polícias Federais italiana e brasileira e a Interpol. A operação também aconteceu na cidade de Fortaleza, no Ceará, onde cinco estrangeiros foram capturados.
Ainda de acordo com a publicação, o grupo agia desde 2010 e de lá pra cá, já levou para a Europa mais de 150 mulheres nesse período. Cada programa custava 200 euros (cerca de R$ 620) e a quadrilha ficava com metade desse dinheiro. Explorando 20 brasileiras, eles podiam ganhar 10 mil euros por dia (cerca de R$ 65 mil). Se condenados, os envolvidos com a quadrilha podem pegar 25 anos pelos crimes de tráfico internacional de pessoas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, era grande a remessa de dinheiro movimentado pela quadrilha entre a Eslovênia, a Itália e o Brasil. Em um único dia, por exemplo, a quadrilha recebeu em uma conta bancária em Fortaleza R$ 1 milhão. As brasileiras viviam na cidade italiana e usavam um hotel em Nova Gorítza, na Eslovênia, para se prostituir. O principal ponto era a boate eslovena ‘Marguerita’, que deu nome à operação da Polícia Federal.
O esquema utilizava várias agências de turismo, uma delas, do italiano Marco Paolo Villa, que também fio preso na operação. Segundo a polícia, a agência financiava as passagens das brasileiras que, depois tinham de reembolsar o valor se prostituindo.
A operação que prendeu o grupo começou ainda de madrugada. Em um condomínio da Avenida Beira-Mar, em Fortaleza, a Polícia Federal prendeu os eslovenos Vito Camerník e Tíne Mótoh, suspeitos de fazer parte da rede que explorava brasileiras na Itália e na Eslovênia. Três italianos – Marco Paolo Villa, Flávio Frúgis e Pasquale Ferrante – também foram presos.
A Polícia Federal informou que, na verdade, as brasileiras trabalhavam em dois turnos e também em uma segunda boate, a Faraon na mesma cidade eslovena. Elas tinham que fazer no mínimo seis relações sexuais por dia. No horário lá de 7 da noite às 3 da manhã. Terminava lá na boate Marguerita, elas iam para a outra boate, Faraon, e lá também teriam que manter outras relações sexuais”.
Um advogado que se apresentou em Fortaleza como amigo das brasileiras presas que elas não se manifestariam sobre o assunto. O advogado do italiano Flávio Frúgis nega as acusações e diz que ele é apenas funcionários de uma empresa que vende passagens aéreas em Fortaleza. O advogado de Tíne Mótoh diz que toas as mulheres que foram para a Eslovênia foram por vontade própria, sabendo que iriam se prostituir. (Da redação TN)