Publicado em: 23 de janeiro de 2014 Atualizado:: janeiro 23, 2014
O corpo do taxista Uélio da Silva Santos, 35 anos, foi enterrado na tarde desta quarta-feira (22), no cemitério municipal de Itapebi. Uélio foi morto com um tiro, na terça-feira (21), em uma área de conflito na zona rural do município invadida por índios no último fim de semana.
A polícia informou que o taxista teria sido chamado para levar homens contratados para fazer a segurança em uma das três fazendas ocupadas pelos indígenas no distrito de Ventania.
Quando estava saindo do local, informa a polícia, Uélio foi atingido no pescoço. Uma segunda pessoa que estava com o taxista assumiu a direção do carro e conseguiu fugir. Uma caminhonete que havia sido roubada duas horas antes do homicídio foi incendiada no acesso à fazenda Barro Vermelho.
PF assume caso
De acordo com a Polícia Federal, os indígenas confessaram que incendiaram uma casa e negam envolvimento com a morte do homem. O suspeito do crime ainda não foi identificado.
Segundo a polícia, em depoimento, os índios disseram que vivem em uma mata ao redor da fazenda e afirmam que estão lutando pela recuperação de suas terras.
Os fazendeiros foram ouvidos pela polícia na terça-feira (21), e afirmaram que os índios invadiram a propriedade e mataram animais da fazenda.
Já os índios disseram aos agentes que os fazendeiros responderam a invasão com violência. Os policiais investigam se pistoleiros estariam envolvidos com os índios.
Segundo o delegado da Polícia Federal em Porto Seguro, Renovato Dias, nesta quarta-feira (22) os índios deixaram o local e que situação já se normalizou.
A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) está acompanhando o caso.
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