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Dueto da AL-BA que auxilia dependentes químicos critica política estadual de combate às drogas

Publicado em: 17 de novembro de 2014 Atualizado:: novembro 17, 2014

QUIMICO 2
A Assembleia Legislativa do Estado da Bahia contará com dois deputados a partir de 2015 oriundos de instituições que recuperam dependentes químicos: Pastor Sargento Isidório (PSC) e Manassés (PSB) – apesar das entidades utilizarem métodos pouco semelhantes. Ambos acreditam que a política estadual no combate às drogas precisa melhorar. “Na minha opinião sincera, nós precisamos ampliar de maneira ampla o combate às drogas por conta do número de famílias envolvidas, através de mais clínicas de reabilitação”, disse Manassés. Já Isidório apontou que a criação da Superintendência de Prevenção e Acolhimento aos Usuários de Drogas e Apoio Familiar (Suprad) foi de grande ajuda para o combate às drogas, mas critica a política nacional de tratamento, que seria “equivocada”. “Porque não quer ouvir as comunidades terapêuticas, eles discriminam o uso dos religiosos, e a meu ver esse é o tratamento mais eficiente”, disse Isidório. O ex-dependente químico, ex-gay e ex-aidético também afirma que o estado precisa dar um acompanhamento diário e contínuo, pois é um “factóide” que os viciados são abandonados pela família. “Quando eu era drogado, eu que abandonei a família. O estado precisa se adequar a isso e não exigir a cidadania dos viciados”, afirmou o deputado. Manassés segue a mesma linha de raciocínio. “Eu acredito que a maneira que nós temos de trabalhar, tem que ser vista de uma visão bem mais ampla, porque tem dado certo. Não estou criticando o trabalho de nenhuma outra instituição já existente, quero somar para ampliar e diminuir o número de dependentes, principalmente a classe menos favorecida”, afirmou. “As comunidades que fazem esse tratamento, incluindo a espiritualidade, precisam ser mais valorizadas, porque o viciado precisa se pegar em alguma coisa mesmo quando perde a esperança nas instituições”, defendeu Isidório. Apesar de ter sido o terceiro deputado mais votado, o militar não crê que sua popularidade seja exclusiva por conta do tratamento dos viciados. “Eu faço isso há muito tempo. Eu sou sindicalista, participei da greve em 2001, faço movimento no pólo, acompanho os movimentos em candeias…”, disse. Já Manassés não nega que seu instituto foi o seu principal “cabo eleitoral” em 2014. “Houve um reconhecimento da população, que reconhece a seriedade, que deu esse voto de confiança para nós. Conheço o trabalho de Isidório e acredito que vamos somar a nossa bandeira e ajudar as famílias no combate às drogas”, profetizou. Já o seu futuro colega não foi tão aberto a uma aproximação. “Conheço apenas o trabalho dele através de dependentes que vieram a minha instituição. Assim como outros deixaram a Dr. Jesus e foram pra lá”, finalizou.

 


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