• SEJA BEM-VINDO

Acusados de venderem carnes imprópias, comerciantes do “Mercadão” continuam presos em Teixeira

Publicado em: 7 de julho de 2014 Atualizado:: julho 8, 2014

COMERCIANTES 1

Teixeira de Freitas: Na operação realizada nesse sábado, 05 de junho, a pedido da promotora de justiça, Drª Ana Cristina, do Ministério Público de Teixeira de Freitas para fiscalização das carnes vendidas no Mercado Municipal, conhecido como “Mercadão”, resultou na prisão de Maria Estelita Alves de Meneses e Paulo Cezar Cardoso Santos.

De acordo com o delegado titular, Dr. Kléber Gonçalves, o Paulo Cesar foi preso por estar com carnes expostas de forma indevida dentro do seu boxe no Mercadão, e os funcionários da vigilância sanitária constataram que essas carnes estavam impróprias para o consumo.A lei da ordem de consumo que prevê esse tipo de crime, Lei 8.137/90, Art 7º, fala da pena para exposição de alimento de forma indevida pode chegar a 5 anos de reclusão. De forma que o delegado não pode arbitrar fiança e ele continua detido.

Já a Maria Estelita, proprietária do boxe 4 do Mercadão, não havia exposição indevida, mas ela foi detida por que a carne não era proveniente de um abatedouro legítimo. Ou seja, as carnes de porco estavam em ambiente refrigerando porém foram abatidos de forma ilegal. O que foi constatado pelos peritos, médicos veterinários, Dr. Roberto e Dra. Lívia que estavam na operação. Ela também foi presa em flagrante junto com o Paulo, e o delegado também não pode arbitrar fiança.

O delegado explica ainda caso não venha um alvará de soltura eles serão encaminhados para o presídio. Apesar dessas pessoas não serem consideradas ‘marginais’, tampouco representam ‘ameaça’ a sociedade, elas estavam infringindo a lei com o seu trabalho. A quantidade de carne que resultou nessa prisão foi simbólica: do Paulo Cesar foram um pouco mais de 3kg de carne e de Maria Estelita apenas 5 mocotós (pés de boi).

Sobre os riscos desse tipo de comercialização, a Drª. LíviaLívia Alves Santos, explica que“com essa exposição, a carne pode vir a apresentar todos os contaminantes que há nela, por se tratar de alimento de origem animal”, disse a veterinária. Lívia diz ainda que não necessariamente a carne será o meio de contaminação, já que ela poderá ser lavada, cozida, fritada. Mas, ela contamina a faca e essa poderá ser utilizada em outros alimentos, como alface, podendo gerar diversas doenças entéricas.

O delegado disse que a polícia civil não pode ir a esses locais constantemente realizar fiscalização, já que é tarefa da vigilância sanitária e ADAB, mas sempre que acionados irão, junto com peritos, que deve dizer se a carne está ou não imprópria para o consumo.

Por: Petrina Nunes/LN


TEIXEIRA NO AR


Siga as redes sociais