• SEJA BEM-VINDO

Combustível deixa distribuidoras e começa a chegar a postos pelo País

Publicado em: 29 de maio de 2018 Atualizado:: maio 29, 2018

Governo e consumidores relatam saída de caminhões-tanque de distribuidoras e a chegada em diversos postos de combustíveis

A greve dos caminhoneiros entra nesta terça-feira, 29, em seu 9º dia, após as concessões feitas pelo governo Michel Temer à categoria. Pelo País, representantes de governos e consumidores relatam a saída de caminhões-tanque de distribuidoras e a chegada em diversos postos de combustíveis. No entanto, as filas nos postos ainda sofrem com o desabastecimento e em algumas regiões motoristas passam a noite na fila em busca de gasolina ou etanol. Em São Paulo, o presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia, afirmou ao Estado que alguns postos estão recebendo combustível. Segundo ele, as entregas do combustível de “boa qualidade” foram feitas durante a madrugada sob escolta policial. “A entrega de combustível é mínima e não há previsão para normalizar a situação na cidade de São Paulo. Oitenta por cento da entrega do combustível é feita pelos caminhões das refinarias que só conseguem sair escoltados. Os outros 20% é feito por caminhoneiros que estão em greve ou com medo de piquetes”, explicou Gouveia. Em São Caetano do Sul, uma distribuidora que abastece 900 postos da capital, Grande São Paulo e ABC voltou a fornecer combustível. Em cinco horas, saíram 3 milhões de litros de combustível do local. No interior de São Paulo, caminhões começaram a ser liberados pelos manifestantes no terminal de petróleo de Ribeirão Preto, na Rodovia Alexandre Balbo. O local estava bloqueado há nove dias e a medida vai permitir a chegada de combustível aos postos da região. Pelo menos 90% deles ainda estão sem etanol e gasolina. Em Sorocaba, segundo a PM, foi feita a escolta de 46 caminhões abastecidos no terminal de Barueri, na Grande São Paulo. Para garantir que a maioria dos postos da cidade recebam o combustível, o abastecimento será feito em cotas pequenas. Postos de Campinas e Jundiaí também receberam combustível proveniente da Refinaria de Paulínia em veículos escoltados pela PM. Comboios do Exército estiveram na saída da refinaria, onde havia manifestação de caminhoneiros no acostamento da rodovia Zeferino Vaz (SP-332). Até mesmo caminhões sob escolta eram parados pelos manifestantes que exigiam comprovação de que se tratava de abastecimento para setores essenciais, como saúde e segurança. Na capital fluminense, caminhões com combustível saíram sem escolta dos terminais que ficam na área da Refinaria Duque de Caxias (Reduc). A concentração de manifestantes nas imediações é bem discreta e não há impedimento para que os veículos sigam viagem. Cerca de 15% dos postos de combustíveis da cidade do Rio de Janeiro receberam algum volume de etanol, gasolina e diesel nesta terça-feira, informou o Sindcomb, sindicato que reúne 830 postos da cidade do Rio de Janeiro. Em alguns postos, porém, o combustível já acabou e não há estimativa de quando receberão novo carregamento, informou a entidade. A previsão é de em quatro ou cinco dias o consumidor encontre todos os combustíveis disponíveis em todo os postos. Os mais de 250 postos de combustíveis de Fortaleza, que no domingo, 27, ficaram 80% desabastecidos, amanheceram a terça-feira, 29, 100% abastecidos, segundo a Sindipostos. Para tanto, a Polícia Militar (PM) escoltou 250 viagens de carros tanques da base da Petrobras em Fortaleza para abastecer aeroportos e postos. O gabinete da crise de combustível montado pela Secretaria de Segurança Pública do Ceará monitora a situação no Estado e acredita no fim da greve até quinta-feira. De acordo com a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), cerca de 250 mil caminhões permaneciam parados nas estradas na segunda-feira, 28, o equivalente a 30% dos que vinham participando do movimento. O governo federal identificou que esses caminhoneiros não seguem lideranças tradicionais e há pedidos difusos, que incluem a saída do presidente Michel Temer e do presidente da Petrobrás, Pedro Parente, a intervenção militar no Brasil e a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato. “Virou uma situação sem controle”, admite o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo da Silva, conhecido como China. Fontes do governo federal informam que foram identificados pelo menos três grupos políticos “infiltrados” nas paralisações. Foto: Gabriela Biló/ Estadão


TEIXEIRA NO AR


Siga as redes sociais