• SEJA BEM-VINDO

CIPE-MA fecha rinha de galo, prende apostadores, apreende dezenas de aves mortas e mutiladas

Publicado em: 16 de agosto de 2015 Atualizado:: agosto 16, 2015

GALO 1

Na tarde deste sábado, dia 15 de agosto, por volta das 17h30, policiais da Cipe/Mata Atlântica, após denúncias anônimas, deslocaram-se à rua Mucuri, em Posto da Mata, distrito do município de Nova Viçosa, onde estaria funcionando uma mega rinha de galo, com dezenas de apostadores e envolvimento de altos valores em apostas.

Chagando ao lugar os policiais notaram que aproximadamente 50 frequentadores fugiram pelos fundos da rinha, mas mesmo assim ainda conseguiram deter e relacionar 131 pessoas do sexo masculino, todas envolvidas com as apostas ou apenas expectadores da contravenção penal. Foram tantas pessoas detidas que a grande maioria teve que ser liberada pela falta de viatura para fazer a condução das mesmas à sede da 8ª Coorpin de Teixeira de Freitas, onde o caso foi registrado.

GALO 2

Dos 131 detidos, os cinco principais envolvidos terminaram sendo presos e conduzidos à sede regional da Polícia Civil, altos valores em apostas e diversos galos mortos ou mutilados foram apreendidos.

Foram presos Evaldo César Cardoso dos Santos, de 53 anos, Rondinelly Prates de Lima, 33, Ananias Bina dos Santos Júnior, 43, Charles Ramos Lacerda, 28 e Ademir Bonfim da Silva, de 31 anos, com os quais foram apreendidos 98 galos de raça, R$ 15,6 mil em dinheiro, R$ 2,4 mil em cheques, talões de cheques para custódia de apostas e acabaram sendo apreendidos diversos materiais como capas, balança de precisão, um punhal, maletas com materiais cirúrgicos, gaiolas para transporte de aves, tubos de vitaminas, arcos de serra tico-tico, um tambor para confronto, esporas e bicos metálicos, além de tesouras, protetores de canelas e outros utensílios usados na briga de aves.

GALO 3

Segundo a polícia foi possível apurar que Ademir Bonfim, Rondinelly Pratas e Evaldo César eram os organizadores da rinha e responsáveis maiores pelas apostas, enquanto Ananias Bina fora contratado como juiz das brigas e Charles Ramos o maior apostador.

No total foram apreendidos 98 galos, dentre eles 25 estavam mortos e vários outros feridos ou mutilados. Durante a noite de sábado e madrugada deste domingo, dia 15 e 16 de agosto, outras 21 aves não resistiram e também acabaram morrendo, visto que segundo a polícia estavam brigando desde o início da manhã.

A lei

Não é de hoje que as chamadas brigas de galo vem preocupando as autoridades de todo o País, isso porque sua prática constitui crime de crueldade contra os animais previsto no artigo 32 da Lei nº 9605/98, cuja pena vai de 03 (três) meses a 01 (um) ano de detenção além do pagamento de multa. A pena sofre aumento se ocorre morte do animal. Além de constituir também contravenção penal de jogo de azar, prevista no artigo 50 do Decreto-lei nº 3688/41, com pena de prisão simples de 03 (três) meses a 01 (um) ano, além da multa e perda dos móveis e objetos decorativos do local.

GALO 4

A realidade

No Brasil, as brigas de galo estão proibidas desde 1934, com a edição do Decreto Federal 24.645 que proíbe “realizar ou promover lutas entre animais da mesma espécie ou de espécies diferentes, touradas e simulacro de touradas, ainda mesmo em lugar privado.” O problema é que essas pessoas dificilmente ficam presas e meses depois de serem presas, voltam a organizar esses eventos cruéis. (Por Ronildo Brito)


TEIXEIRA NO AR


Siga as redes sociais