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Bahia é 3º estado em mortes durante assaltos a banco

Publicado em: 11 de setembro de 2013 Atualizado:: setembro 11, 2013

BANCOS AS

A Bahia é o terceiro estado com maior número de mortes em assaltos a bancos no País, aponta levantamento, divulgado nesta sexta-feira, 19, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes CNTV.

A pesquisa, elaborada com o apoio técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que o número de casos no Brasil cresceu 11,1% no primeiro semestre deste ano na comparação com igual período do ano passado.

Ainda segundo o levantamento, o total de vítimas passou de 27 para 30. Na Bahia, foram três vítimas. São Paulo, estado que concentra maior número de casos (46%), registrou 14, enquanto Rio de Janeiro teve cinco. Cerca de 60% dos casos, 18 mortes, correspondem aos assaltos ocorridos quando os clientes saem da agência, crime conhecido como saidinha bancária.

“O que mais nos preocupa é essa curva de crescimento constante, porque foram 23 casos em 2011, passamos para 27 e chegamos a 30. Não se tem medidas por parte do setor financeiro que reduzam essas mortes”, avaliou José Boaventura Santos, presidente da CNTV.

Os clientes continuam sendo as principais vítimas dos assaltos envolvendo bancos. Foram 21 casos no primeiro semestre deste ano, um aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Os vigilantes aparecem em seguida, com quatro mortes. Segundo a CNTV, existem cerca de 700 mil vigilantes no país, sendo que 25% trabalham em instituições bancárias.

“Isso significa que ir a um banco hoje pode ser uma operação de risco”, acrescenta Boaventura. Quase a totalidade das mortes (93,3%) correspondem a pessoas do sexo masculino. “Geralmente os homens sacam quantias maiores de dinheiro e são também maioria nas atividades de segurança. Eles estão mais expostos ao risco e reagem mais à ação dos assaltantes”, avalia.

[B]Insegurança[/B]

Ele acredita que faltam investimentos por parte das instituições bancárias que garantam aos clientes uma movimentação segura. “Foram investidos R$ 3,1 bilhões em segurança e vigilância em 2012, enquanto o lucro dos seis maiores bancos superou R$ 51 bilhões. E esse cálculo ainda envolve proteção de crimes eletrônicos, ou seja, o investimento real para segurança da vida das pessoas ainda é menor”, apontou. O levantamento aponta que os bancos foram multados pela Polícia Federal em R$ 8,8 milhões pelo descumprimento de normas de segurança.

Como medidas de prevenção que poderiam ser adotadas, Boaventura aponta a instalação de biombos e divisórias, além de câmeras e portas de segurança. “A porta, por exemplo, deveria se tornar obrigatória. Defendemos também a blindagem das fachadas”, sugeriu o presidente da confederação. Ele destacou que em João Pessoa, capital da Paraíba, onde uma lei municipal obriga a instalação de divisórias, não foram registrados crimes de saidinha bancária.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) foi procurada pela Agência Brasil para comentar os dados, mas não retornou até o momento da publicação da reportagem.

Por A tarde


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