• SEJA BEM-VINDO

Associação de policiais militares critica “parcialidade” do MP-BA em investigação do caso Cabula

Publicado em: 25 de maio de 2015 Atualizado:: maio 25, 2015

APPM afirma que divulgação de informações antes da conclusão do processo incita que a população se volte contra a policia.

PMS 1

A Associação de Praças da Polícia Militar do Estado da Bahia (APPM-BA) criticou a conduta do Ministério Público da Bahia (MP-BA) pela divulgação de informações registradas em ação policial sobre as 12 mortes no bairro do Cabula, em fevereiro deste ano. A APPM publicou um manifesto nesta segunda-feira (25).

O promotor de Justiça Davi Gallo disse em entrevista coletiva no último dia 18, na sede do MP-BA, no centro Administrativo da Bahia (CAB), que o órgão tem provas de que as mortes foram decorrentes de uma execução sumária por motivo de vingança.

Segundo informações de Roque Santos, presidente da APPM-BA, o processo contra os nove policiais envolvidos na ação corre em segredo de Justiça. Ele denuncia que a divulgação de dados referentes às investigações, antes da conclusão do inquérito, revela “parcialidade” do órgão

Roque Santos também considera que a divulgação de informações do inquérito, antes da conclusão das apurações, coloca os familiares dos policiais investigados em risco e incita que a população se volte contra a polícia. Redação VN

Os PMs devem responder por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e concurso de pessoas, que é a infração penal cometida por mais de uma pessoa. Ainda segundo o promotor, o crime foi motivado por uma ação da PM que resultou em um tenente ferido no pé.

Gallo também enfatizou que a ação não foi realizada pela instituição, mas por alguns policiais como uma forma de acerto de contas. Segundo ele, participaram da ação um subtenente, um sargento e sete soldados. Ainda segundo o promotor de Justiça, testemunhas informaram que cerca de 500 tiros foram disparados pelos PMs. E depois ocorreram tiros espaçados.

Na coletiva, o MP-BA ainda informou que recebeu o inquérito interno da Polícia Militar na última quinta-feira (14) e que a corporação concluiu pelo não indiciamento dos PMs, alegando não haver evidências da participação deles na ação.

Os nove policiais suspeitos de envolvimento na ação foram denunciados pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) , na manhã desta segunda. Os promotores de Justiça Davi Gallo, José Emmanoel Lemos, Cassio Marcelo de Melo e Ramires Tyrone, autores da denúncia, também fizeram pedido de prisão preventiva dos envolvidos.

A Anistia Internacional pediu às autoridades competentes, por meio de nota, que o caso seja levado a julgamento o mais rápido possível. E também que seja garantida proteção para as testemunhas, familiares e moradores do Cabula que são vitimas de constantes ameaças e intimidações.


TEIXEIRA NO AR


Siga as redes sociais