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Após prisão de acusado Polícia Civil elucida assassinato de uma jovem de 17 anos em Teixeira de Freitas

Publicado em: 24 de abril de 2018 Atualizado:: abril 24, 2018

O delegado Manoel Andreetta, titular do Núcleo de Homicídios e Tráfego de Drogas da 8ª Coordenadoria Regional da Polícia Civil, concluiu o inquérito policial nº 061/18 originado pela Ocorrência nº 841/18 de um homicídio consumado ocorrido na madrugada do dia 29 de janeiro de 2018, na própria residência da vítima, situada na Rua Armênia nº 437, no bairro Liberdade I, na zona sul de Teixeira de Freitas.

A vítima foi a jovem Jéssica Silva de Jesus, 17 anos, que teria sido assassinada pelo seu próprio namorado Alessandro Santos Aragão, o “Leleu”, 18 anos. O crime foi na madrugada, mas o corpo só foi descoberto às 10h, por ocasião que a delegada Maria Luiza Ribeiro, na chefia do plantão da Polícia Civil na época, foi ao local e tomou conhecimento da ocorrência do homicídio tentado de Jéssica Silva de Jesus.

Uma equipe do SAMU-192 localizou o corpo da vítima Jéssica Silva de Jesus em um dos cômodos da casa, no quarto, em decúbito dorsal, trajando uma camiseta de cor preta e um short de cor vermelha, apresentando uma lesão aparente na cabeça, provocada por arma de fogo. A jovem foi socorrida com vida e levada para o Hospital Municipal de Teixeira de Freitas, onde foi submetida a uma intervenção cirúrgica e o seu estado de saúde se manteve sendo considerado gravíssimo, até que 18 dias depois ter permanecido em coma, no dia 16 de fevereiro de 2018, a vítima veio a morrer em consequência do tiro que recebera na cabeça.

As investigações preliminares da Polícia Civil mostraram que a vítima Jéssica havia dormido na residência desocupada, de propriedade da família dela, na noite do dia 28 de janeiro, na companhia do seu namorado “Leleu”, sendo certo que, na manhã do dia seguinte, dia 29 de janeiro, a vítima foi encontrada inconsciente e sozinha, deitada no colchão, com um ferimento na cabeça, provocado por disparo de arma de fogo.

Testemunhas disseram terem ouvido apenas um disparo de arma de fogo, na ocasião do crime, não sendo notada qualquer movimentação de entrada ou saída de pessoas na casa aonde o casal se encontrava. Foi notada a presença de pegadas no muro nos fundos da residência, mostrando que Leleu havia abandonado o imóvel, ainda durante a noite. Dias antes do crime, testemunhas disseram que Leleu teve uma briga violenta com a vítima, chegando a agredi-la fisicamente com tapas e a ameaça-la de morte ao apontar uma arma de fogo contra a sua pessoa.

Por ocasião das investigações a equipe do delegado Ricardo Amaral apreendeu uma capsula deflagrada de munição de revolver calibre 38, objeto encontrado na residência do pai de Leleu, em cima da cama do acusado, que mais tarde, soube-se ter sido utilizado para alvejar a vítima.

Mas Leleu acabou sendo preso pela Polícia Militar no dia 15 de fevereiro, por força do cumprimento de mandado de prisão preventiva, por ter sido apontado como um dos principais executores do grupo de traficantes conhecido como Grupo de Flavão, atuantes nos bairros Liberdade I, II, Arco Verde e parte do São Lourenço, envolvido em uma série de homicídios, tentados e consumados, durante o ano de 2017 e 2018, em Teixeira de Freitas, durante a guerra travada com o grupo de traficantes rivais, denominado Grupo de Beto Carroceiro, em decorrência da disputa pelos pontos de venda e de distribuição de drogas nos referidos bairros.

Em seu primeiro interrogatório, Leleu atribuiu a autoria do crime de Jéssica a possíveis inimigos do tráfico, que tinham o interesse em matá-la. Contudo, ao ser confrontado com as demais provas existente nos autos do inquérito em curso, Leleu acabou confessando ter sido o autor do disparo que culminou na morte da sua namorada Jéssica, alegando, entretanto, que teria efetuado o disparo de forma acidental, enquanto o casal dormia, por encontrar-se a arma engatilhada, debaixo do travesseiro no momento do disparo.

Todavia, as investigações demonstraram que Leleu matou sua namorada após ter discutido com a mesma na madrugada do dia 29 de janeiro, tendo como motivação “ciúmes”. Ou seja, o fato que levou a morte da vítima Jéssica foi motivado pela descoberta da jovem estar se relacionando com um inimigo de Leleu, integrante de um grupo de traficantes rivais.

A arma de fogo utilizada para praticar o crime não foi localizada pela polícia, durante os procedimentos de buscas, quando da execução da prisão de Leleu. O procedimento foi devidamente finalizado, saneado e relatado pelo delegado Manoel Andreetta, que oficializou a prisão do acusado ao obter na justiça o mandado de prisão preventiva de Alessandro Santos Aragão, o “Leleu”.(Por Athylla Borborema).


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