O deputado federal Jutahy Magalhães Júnior (PSDB-BA) se encontrou com o empreiteiro Léo Pinheiro para acertar o pagamento de R$ 600 mil para a campanha eleitoral dele e de deputados estaduais baianos. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, ele estimou que a reunião tenha acontecido no final de abril de 2014, mas disse que apenas um pagamento no valor de R$ 300 mil se concretizou – R$ 30 mil para o próprio Jutahy e R$ 270 divididos para outros políticos. “Ele (Léo Pinheiro) esteve comigo. Sou uma pessoa muito organizada na minha campanha. Nos meses de abril, maio e junho procuro os possíveis doadores, para saber se é possível me ajudarem. Em 2010 e 2012 a OAS ajudou a minha campanha e o PSDB da Bahia. Está tudo registrado, ou no diretório estadual ou na minha campanha. Então, em 2014, eu estive com ele e quis saber: ‘é possível que a OAS pudesse me ajudar?’. E ele disse sim e combinou fazer duas doações”, disse. A informação sobre o encontro ente os dois foi retirada de uma agenda de um funcionário da OAS que foi apreendida pela Polícia Federal na 28ª fase da Operação Lava Jato, em abril deste ano. Nela também há registros de reuniões com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com um assessor da presidente afastada Dilma Rousseff. Jutahy é alvo de um pedido de investigação feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador Rodrigo Janot pede que sejam apuradas as doações que o parlamentar recebeu da OAS nas eleições de 2010 e 2014. Os recursos teriam sido fruto de caixa 2.

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