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Moradores de Caraíva protestam contra morte de guia turístico em ação policial contra chefe do tráfico

Publicado em: 12 de maio de 2025 Atualizado:: maio 12, 2025

Moradores de Caraíva, distrito de Porto Seguro, fecharam a balsa que dá acesso ao destino turístico nesta segunda-feira (12), em protesto a morte do guia turístico Victor Cerqueira Santos Santana, conhecido como Vitinho. Ele foi morto a tiros em uma operação das polícias Militar e Federal, após ser associado como suposto “segurança” do líder do tráfico de drogas da região.

A reportagem pediu um posicionamento das polícias Militar e Federal e aguarda um posicionamento. O delegado de Trancoso, que também atende o distrito de Caraíva, Bruno Barreto, informou que a Polícia Civil não foi acionada para a ação e que o guia turístico não tinha passagens pela polícia.

A operação aconteceu no sábado (10) e tinha como objetivo cumprir o mandado de prisão contra um homem conhecido como Alongado. Segundo a Secretaria de Segurança do Bahia (SSP-BA), o suspeito era chefe de uma facção envolvida com tráficos de armas e entorpecentes, homicídios, roubo e lavagem de dinheiro.

O suspeito resistiu a prisão e foi baleado durante o confronto com a polícia. Vitinho também foi baleado não resistiu aos ferimentos. Os amigos do guia turístico, que tinha 30 anos, negam a versão que ele tinha envolvimento com o tráfico de drogas.

Durante o protesto feito nesta segunda-feira, os manifestantes espalharam diversos cartazes com pedidos por justiça e disseram que vão pedir as imagens das câmeras de segurança de empreendimentos próximos ao local onde ocorreu a ação.

Nas redes sociais, Vitinho se apresentava como guias em passeios de lancha, buggy e cavalo em Caraíva. Ele também oferecia tours na comunidade indígena de Xandó, na vila da cidade e nas festas da região.

Denúncia de injúria racial

De acordo com o delegado Bruno Barreto, na última semana o guia turístico foi pessoalmente na delegacia de Trancoso para registrar um boletim de ocorrência. Na ocasião, ele informou que havia sido vítima de injúria racial. A denúncia não tem relação com a operação feita pelas polícias Militar e Federal.

Segundo relatado pelo guia turístico, uma postagem foi feita nas redes sociais informando que ele havia entrado em uma pousada para roubar uma escada.

O guia turístico alegou que foi até o local devolver o equipamento e que a pessoa que havia pego a escada, que era um homem branco, não teve a imagem veiculada nas redes sociais.

Fonte: G1


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