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Produtores rurais denunciam tortura e expulsão por supostos indígenas em Prado/BA; conflito agrário se agrava

Publicado em: 11 de março de 2025 Atualizado:: março 11, 2025

Prado: Uma onda de invasões e violência tem aterrorizado produtores rurais no Extremo Sul da Bahia, reacendendo o conflito agrário entre indígenas e agricultores. No último sábado (08), a Fazenda Monte Alto, localizada em Corumbau, distrito de Prado, foi invadida por um grupo de aproximadamente cinquenta homens encapuzados e armados, liderados por um indivíduo identificado como “Cacique Alessandro”.

De acordo com o boletim de ocorrência, os invasores, que incluíam pessoas sem traços físicos dos povos originários, agrediram e torturaram funcionários e moradores da fazenda, utilizando coronhadas e estocadas com armas de fogo. Após as agressões, os trabalhadores foram escoltados para fora da propriedade, sob a mira de armas e ao som de disparos. Antes da expulsão, os invasores teriam transmitido uma ameaça ao proprietário, Sr. Dijalma Galão: “Se Dijalma vier para negociar ou mandar a polícia, iremos invadir a sede da fazenda, matar ele, a família e beber o sangue deles.”

No domingo (09), com o apoio de policiais militares da CAEMA, o proprietário dirigiu-se à fazenda invadida e negociou a retirada do gado e parte dos bens, já que grande parte já havia sido destruída. Segundo o Sr. Dijalma Galão, o grupo utilizava três caminhonetes e outra caminhonete nova teria sido utilizada na fuga de parte dos invasores, levantando suspeitas de financiamento externo.

Apesar da presença policial, a área segue ocupada e o proprietário buscará os meios legais para reaver o imóvel. Na tarde desta segunda-feira (10), as vítimas foram submetidas a exame de lesões corporais no IML de Itamaraju, e a Delegacia Territorial de Prado apura o caso. O Sr. Dijalma relatou à redação do Liberdade News que precisa da proteção do Estado para sua família e sua propriedade, que gera empregos e renda para diversas famílias, inclusive indígenas.

Produtores rurais da região relatam que, além de indígenas, criminosos com interesse em saquear as fazendas têm participado das invasões, furtando a produção, maquinários e insumos agrícolas. Apesar do esforço da Polícia Militar na realização de rondas, a demanda por segurança em uma área rural tão extensa supera a capacidade da corporação.

Diante do início da colheita do café, que movimenta a economia local, os produtores clamam por uma ação coordenada do Estado, do judiciário, da Polícia Federal, da FUNAI e das Polícias Civil e Militar para que a paz seja restabelecida e os autores das ações criminosas sejam responsabilizados, pois a sensação de impunidade incentiva tais práticas e agrava o conflito e a insegurança.

Por: Lenio Cidreira/LN


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