Saiba que são os envolvidos nos desvios milionários da saúde investigados pela Operação Expurgo deflagrada na manhã desta q1uinta-feira (17), pela Polícia Federal.
A Operação Expurgo, que visa desarticular grupo criminoso, especializado em fraudar certames licitatórios, em sua maior parte da área da saúde, cumpre nesta quinta-feira, 24 mandados de busca e apreensão, 14 mandados de suspensão de servidores públicos, além de outras medidas judiciais, nos Estados da Bahia (Teixeira de Freitas, Prado, Medeiros Neto, Santa Cruz de Cabrália, Porto Seguro, Mucuri, Itapebi e Belmonte) e Espírito Santo (Vila Velha e São Mateus).
Entre os envolvidos nas investigações da Polícia Federal, estão Hitler Luan Moreira de Oliveira, Florisvaldo Vieira Lopes, Aliende Araújo Cirino e Tatiana Silva Aguiar, servidores públicos de Mucuri, em Medeiros Neto, são Deivid dos Santos Santana e Maria Anezia Pereira dos Santos. Em Santa Cruz Cabrália, Joyce Carinne Melo dos Santos, Dayse Monteiro Salustiano e Robson Cesar de Aquino, todos foram afastados de suas funções.
Em Itapebi os envolvidos, segundo a Polícia Federal, são Sidinei Teixeira de Sousa e Wender Santos Alves, já em Belmonte os envolvidos são, Mouzer da Motta Lopes de Oliveira e Rosvel Silva Cruz.
Em Teixeira de Freitas, o envolvido, segundo a PF é o ex-secretário de saúde do governo Temóteo Brito e atual diretor do Consórcio Público Interfederativo de Saúde do Extremo Sul da Bahia, Max Almeida dos Santos.
Durante cerca de um ano de investigação, a Polícia Federal identificou a atuação de dois grupos empresariais, a RM Comercial, e JL Candeia, que se utilizavam de pessoas jurídicas com vistas a fraudar a concorrência e lisura dos certames, com prejuízos ao erário público estimado até o momento, em cerca de R$ 5 milhões. Contudo, o grupo movimentou R$ 92 milhões em suas contas bancárias, o que irá demandar análise posterior à deflagração.
O empresário Antônio Raimundo Medeiros Andrade, da RM Comercial teve o sigilo telefônico quebrado a pedido da PF que também pediu a quebra dos sigilos das contas bancárias de José Lucas Silva Santana, Ronicelser Batista dos Santos e Pedrinho Santos da Cruz, que atuavam em benefícios da JL Candeia, ambas localizadas no bairro Vila Caraípe em Teixeira de Freitas.
Um extenso trabalho de análise prévia à deflagração trouxe à investigação elementos quanto as pessoas interpostas utilizadas para a corrupção de servidores públicos e ocultação patrimonial. Ainda como resultado da análise prévia, foram identificados os servidores públicos que se beneficiavam da prática ilegal.
Com o material apreendido na data hoje, a PF pretende detalhar ainda mais a extensão dos danos ao patrimônio público, eventualmente estendendo a investigação para outros envolvidos, bem como localizar o caminho trilhado pelo dinheiro desviado, terminando por expurgar dos quadros funcionais servidores públicos que se deixaram seduzir pelas práticas ilícitas.
Os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre eles: corrupção ativa e passiva, assim como fraudes licitatórias, podendo as penas, se somadas, chegar a mais de 20 anos de reclusão.
A Operação Expurgo da Polícia Federal nas cidades de Medeiros Neto, Teixeira de Freitas e Mucuri, é voltada para os servidores que atuaram nas gestões passadas de Jádina Paiva, João Bosco e Carlos Simões.