Publicado em: 10 de abril de 2023 Atualizado:: abril 10, 2023
O crime foi descoberto na cidade de Seabra, durante a Operação Casmurro, deflagrada pela Corregedoria-Geral da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Durante a operação, foi descoberto que o acusado estava envolvido em um esquema de propina relacionada ao plantio e tráfico de maconha.
Após as investigações, o homem, que não teve o nome revelado, foi acusado pelos crimes de tráfico de drogas, obstrução da Justiça, associação ao tráfico, concussão e peculato.
Além do delegado, outros três investigados, que seriam comparsas dele, foram condenados a 11 e 14 anos de prisão. Com a decisão judicial, o delegado e dois servidores envolvidos deverão cumprir, inicialmente, a pena em regime fechado.
Relembre o caso
O caso aconteceu no ano de 2020, na região da Chapada Diamantina. Na ocasião, o delegado e outros servidores da Polícia Civil de Seabra descobriram uma plantação de maconha no Povoado de Baixio da Aguada, zona rural da cidade.
A investigação revelou que, após a descoberta, a plantação apreendida não foi totalmente incinerada. Com o intermédio de um empresário da região, com grande influência na polícia local, o grupo formado por traficantes e policiais estabeleceu uma propina de R$220 mil para traficar parte da droga.
Os policiais permitiram a colheita do restante da maconha, e ainda ajudaram a transportá-la dentro das viaturas, para armazenamento em uma propriedade rural do empresário, até que fossem finalmente enviadas para a cidade de Salvador.
Em 2021, a Operação Casmurro foi instaurada para apurar o caso:
Em abril de 2021, a polícia cumpriu três mandados de prisão temporária, além de sete de busca e apreensão, contra os suspeitos. Na época, veículos, armas de fogo, munições e uma quantidade de maconha pronta para o consumo foram apreendidos;
Em junho de 2021, foram cumpridos outros cinco mandados de busca e apreensão contra os suspeitos, além de um de prisão temporária;
O delegado foi afastado das atividades nesta segunda fase da operação;
Novas armas de fogo, munições, celulares e documentos referentes a aquisição de bens móveis e imóveis também foram apreendidos na ocasião;
Em abril de 2023, o caso foi julgado pelo Tribunal de Justiça, que decidiu pela pena de 29 anos contra o delegado e de 11 e 14 anos contra os outros envolvidos.
Fonte: G1
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