Publicado em: 12 de setembro de 2022 Atualizado:: setembro 12, 2022
O candidato a governador da Bahia pela federação PSOL-REDE, Kleber Rosa, afirmou que não há uma seriedade do governo estadual sobre o problema da violência. Em entrevista à Rádio Metrópole nesta segunda-feira (12), o psolista criticou o atual governador Rui Costa e disse que a segurança vem sendo tratada como “pirotecnia” utilizando uma “política de confronto”, os quais seriam motivos para os números expressivos de mortes na Bahia.
“Nós temos na Bahia o espetáculo da morte. Precisamos reconhecer que a cada dia a violência aumenta no nosso estado e que não é com a política de confronto, bélica, que vamos conseguir resolver o problema da violência e da insegurança que aflige todos os dias a nossa sociedade. O fenômeno da violência é reflexo de um processo histórico de exclusão social”, lamentou Kleber Rosa.
O postulante ao Palácio de Ondina salientou que o governo do estado precisa “investir pesado” na inclusão social como medida de médio prazo e, a curto prazo, investir mais em um trabalho de investigação criminal, triplicar o efetivo da Polícia Civil, aumentar o efetivo da Polícia Militar, melhorar a infraestrutura das delegacias do Estado, adotar uma política de valorização dos policiais e injetar mais verba pública em tecnologia e inteligência para realizar um combate ao crime organizado.
“Na Bahia apenas o DHPP faz, de fato, um trabalho de investigação criminal. As delegacias estão totalmente abandonadas tanto na capital como no interior baiano. As delegacias estão restritas a registrar apenas as queixas. Precisamos admitir que esse modelo atual de Segurança Pública não funciona. Precisamos instituir um estado de paz, com muito investimento na inclusão social, no combate à pobreza”, refletiu Kleber Rosa.
O candidato a governador frisou que a Bahia possui a quarta maior população carcerária do mundo e que a “política do confronto”, baseada na ação bélica, não produz resultados positivos, muito pelo contrário, a criminalidade só faz aumentar na Bahia.
“Nós temos uma cultura do aprisionamento. Eu rompi com as estatísticas. Sou cria da favela. Tive vários amigos que jogaram e empinaram arraia comigo, que jogaram bola comigo, e que hoje estão mortos. Eu poderia estar preso ou estar morto. Mas a educação me salvou e como meus pais não tinham condição de pagar escola particular, sempre estudei minha vida inteira em colégios públicos. Então, foi a educação pública que me salvou. Por isso, é fundamental que a gente tenha um governo verdadeiramente comprometido com a inclusão social”, frisou Kleber Rosa.
Por: bahianoticias