Publicado em: 9 de fevereiro de 2021 Atualizado:: fevereiro 9, 2021
O presidente nacional do Democratas, ACM Neto, voltou a dizer que “não há hipótese” de o partido aderir formalmente ao governo Bolsonaro. A declaração é uma resposta ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que acusou o ex-prefeito de Salvador de entregar a “cabeça do partido em uma bandeja para o Palácio do Planalto” (veja aqui), ao declarar neutralidade na eleição para presidência da Casa.
“Não existe hipótese de o Democratas indicar quem quer que seja para integrar um ministério do governo Bolsonaro. Não estamos nos aproximando da base do governo. O Democratas tem uma posição de independência, e essa postura será mantida”, disse Neto, em entrevista à GloboNews, na manhã desta terça-feira (9).
O ex-prefeito disse que Maia foi leviano nas declarações dadas ao jornal Valor Econômico. Negou ter tratado com o Palácio do Planalto sobre posicionamento do partido nas eleições da Câmara e afirmou que não indicará “nem porteiro” para o governo.
“Sempre deixei claro, tanto para Bolsonaro quanto para seus ministros, que jamais participaria da indicação de ministros para o governo. Eu não quero indicar um porteiro, um servente para o governo. Imagine participar de indicação de ministro. O Democratas vai manter sua posição de independência, para criticar quando for necessário”, defendeu-se.
A fala de Neto acontece em um momento no qual um de seus principais aliados, o deputado federal João Roma (Republicanos-BA), é cotado para assumir o Ministério da Cidadania. Nos bastidores, o ex-prefeito tenta demover Roma de aceitar o cargo para evitar vinculações entre os dois (entenda aqui).
Neto também acusou Maia ter sido injusto com ele e justificou ter articulado a neutralidade do DEM para evitar um “vexame” para o ex-presidente da Câmara.
“No domingo, véspera da eleição, tinham 16 dos 31 deputados com assinaturas colocadas para aderir ao bloco do Arthur Lira. Quem não permitiu que a bancada federal aderisse ao bloco do Arthur Lira fui eu. Eu convoquei a Executiva Nacional do Democratas para tirar aquela postura de neutralidade para assegurar a integridade e a unidade do partido e para evitar vexame para Rodrigo Maia. Veja só. Rodrigo, presidente da Câmara por mais de quatro anos. Ele não tinha um apoiamento de, sequer, um terço da bancada do partido dele. Se não fosse minha intervenção, o Democratas tinha aderido ao bloco de Arthur Lira. A maioria da bancada, inclusive pela rejeição à condução de Rodrigo Maia, optou por Arthur Lira”, argumentou.
por: Bahianoticias
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