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“Não queremos ver derramamento de sangue”, afirma Temóteo Brito ao presidir reunião em Buerarema

Publicado em: 6 de setembro de 2013 Atualizado:: setembro 6, 2013

TIMOTEO 1

O conflito entre índios e fazendeiros nos municípios de Buerarema e São José da Vitória, no sul da Bahia, tem ganhado destaque em toda imprensa e cada dia mais o clima tem ficado tenso na região, que já conta com o policiamento da Força Nacional a fim de evitar que os dois municípios se transformem em praça de guerra.

Para buscar soluções para o problema, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia, que é presidida pelo deputado estadual teixeirense Temóteo Brito, veio à região nesta quinta-feira (5) discutir com a comunidade formas de intermediar essa situação de conflito.

A princípio, os integrantes da comissão de direitos humanos realizaram uma audiência pública para discutir o assunto em Itabuna, na sede da Câmara de Vereadores, onde contaram com a presença de diversas autoridades, como juiz, promotor, vereadores e outros membros da sociedade, todos preocupados com a situação de conflito que atinge de forma mais contundente o município de Buerarema.

Em Itabuna, com a presença dos deputados estaduais Augusto Castro, Rosemberg Pinto, Marcelino Galo, Pedro Tavares, Iulo Oiticica e Temóteo Brito, além da presença do deputado federal Geraldo Simões, os parlamentares puderam ouvir a preocupação do povo com o problema, onde foi relatado tudo que vem acontecendo, principalmente nos últimos dias.

Em seguida, os deputados foram ao município de Buerarema para mais uma audiência, na sede da Câmara de Vereadores, onde ouviram por mais de três horas os relatos do suposto sofrimento que tem se tornado a vida dos agricultores desde que os índios começaram a tomar as propriedades rurais.

Em um dos relatos, um pequeno produtor rural afirmou que o seu próprio filho teria chegado à sua propriedade alegando ser índio e lhe expulsado da terra, espancando ele e sua esposa. “Ele nunca foi índio”, denunciou. Um dos produtores rurais chegou a contar aos deputados que teria ficado infiltrado no meio dos supostos índios comandados pelo cacique “Babau”, que teria feito seu cadastro na Fundação Nacional do Índio (FUNAI) para que ele também tivesse direito nas áreas que posteriormente seriam demarcadas como indígenas.

Ao oficializar o depoimento dos produtores rurais, a Comissão de Direitos Humanos deve tomar todas as providências no campo político, para que o conflito seja encerrado e a paz volte a reinar na região sul. “Não queremos ver derramamento de sangue. Queremos os governos do Estado e Federal juntos para o encaminhamento de uma melhor solução para o problema”, falou o deputado Temóteo Brito.

A comissão ainda aprovou que no próximo dia 23 de setembro os deputados federais e estaduais deverão realizar na sede da Assembleia Legislativa da Bahia outra audiência pública que, possivelmente, deverá contar com a presença do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

Por Jota Mendes/reportercoragem


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