Publicado em: 6 de junho de 2018 Atualizado:: junho 6, 2018
O governador Rui Costa poderia ter tido um dia ruim nesta terça-feira (5). Começou com dados negativos da segurança pública, divulgados pelo Atlas da Violência 2018. O estado lidera os rankings de homicídios por arma de fogo e mortes de jovens, por exemplo. Um título que ninguém em sã consciência gostaria de ter. Só que, mais uma vez, os dados foram questionados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia. Nada de novo no script. A cada publicação que mostra a Bahia como um estado violento, a SSP reclama da metodologia e diz que os números não mostram a realidade – amparado em um número positivo conquistado depois do ano referência daquele estudo. No caso do atlas, os dados são de 2016 e a SSP usou informações de 2018. Como violência e segurança deixaram de ser um calcanhar de Aquiles para o governo há tempos, incluso nesse contexto a morte de 12 pessoas que virou um jogo de futebol com um policial como artilheiro prestes a fazer um gol, a outra notícia que seria ruim para Rui foi o voto do conselheiro Pedro Lino no Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre o exercício de 2017 do governo da Bahia. Tal qual o discurso da SSP, o relatório de Lino era esperado. Ferrenho crítico dos governos petistas, Lino questiona há alguns anos os reiterados problemas nas contas estatais, aprovadas sempre com recomendações para resolver os erros, que se repetem sem solução. Mesmo que embasado tecnicamente, sempre há um quê de politização nos votos dos conselheiros das Cortes de contas e, mesmo que todos neguem, é impossível fingir que não acontece. No caso em questão, o parecer foi pela rejeição. Porém as últimas aprovações também passaram pela politização dos votantes, com os então estreantes João Bonfim e Marcus Presídio. Todos são seres políticos, inclusive você, que lê este artigo. No entanto, por mais que Lino tenha conseguido deixar um leve clima de tensão em torno das contas de Rui de 2017, o resultado final da apreciação da matéria no pleno do TCE manteve tudo como antes no quartel de Abrantes. A divergência aberta pelo ex-presidente Inaldo da Paixão foi acompanhada pela maioria dos conselheiros e Rui conseguiu encerrar mais um dia apreensivo com um sono tranquilo. No lugar dele, também estaria assim. Afinal, nada melhor do que a Bahia em que o governo do estado sempre viveu. Por: Bahianoticias
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