Publicado em: 3 de agosto de 2017 Atualizado:: agosto 3, 2017
O placar da Bahia na votação que culminou com o arquivamento da denúncia contra o presidente da República Michel Temer mostra que a oposição ao governo estadual cresceu, mas ainda não conseguiu ultrapassar numericamente os aliados do governador Rui Costa (PT). O governador, que em um primeiro momento fez um movimento pró-Temer com as exonerações de Josias Gomes e Fernando Torres, não manteve a tendência. Conseguiu segurar parcela expressiva da base contra Temer, apesar de PP e PR informarem que seguiriam o fechamento de questão das legendas. Jonga Bacelar (PR), inclusive, frisou ter dado ciência ao governador do voto. Sinal que Rui não detém cabresto sobre os deputados, mas que mantém ainda certa ascendência sobre eles. Que o diga o PSD, de Otto Alencar, que peitou a direção nacional e votou a favor do prosseguimento da denúncia. Não que o governador tenha sido decisivo, já que Otto tem interesses políticos mais pessoais nessa situação. Como se não bastasse as incongruências da política, o PT baiano teve o apoio indireto de dois tucanos: João Gualberto e Jutahy Magalhães Jr. acompanharam os aliados de Rui contra Temer. Rui pode não ter sido um grande vitorioso, como no placar do impeachment. Mas não foi o maior derrotado no processo, ainda que tenha sido obrigado a recuar no “meio apoio” a Temer para não ficar feio um governador petista sinalizar publicamente ser favorável a manutenção do presidente no Palácio do Planalto. Este trecho integra o comentário desta quarta-feira (2) para a veiculado às 7h e com reedição às 12h30, e para as rádios Irecê Líder FM e Clube FM.
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