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O programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, denunciou em rede nacional nesta segunda-feira (5) a situação crítica de duas escolas de Alcobaça, sendo uma onde os alunos de séries variadas dividem o mesmo quadro e em outra, feita de barro e coberta de telhas de amianto, construída pelos próprios pais.

A situação caótica que passam os mais diversos setores da administração de Bernardo Olívio já vem ganhando espaço na mídia regional há bastante tempo, mas agora com a denúncia em rede nacional e principalmente por envolver recursos federais da educação, o caso pode gerar sérios problemas para o gestor, que entre outras coisas é acusado de ficar poucos dias na cidade e ser visto com frequência em Salvador.

Acompanhe a reportagem do Bom Dia Brasil e que foi postada no G1 Nacional.

No sul da Bahia, alunos de séries diferentes dividem a mesma sala e até o mesmo quadro. Tudo isso nas piores condições possíveis.

Em uma escola municipal, na Zona Rural de Alcobaça, falta água, as carteiras estão em péssimo estado e uma das salas nem telhado tem. Resultado: todos os alunos dividem o mesmo ambiente. No espaço de 48 metros quadrados estudam cinco turmas, da Educação Infantil ao quinto ano. São duas professoras para ensinar 30 alunos e até o quadro precisa ser dividido por série.

“É ruim porque tem duas professoras e a gente não entende o que ela está dizendo”, afirma Beatriz Paixão, de 9 anos.

Outra escola municipal de Alcobaça também tem apenas uma sala de aula para 61 alunos. Cansada de esperar por um espaço maior, a comunidade resolveu construir outra escola, de barro e madeira. O piso é de terra batida e as carteiras são improvisadas. Os alunos são de séries diferentes.

“Às vezes dá vontade de chorar porque não dá para estudar em uma escola assim. Eu fico olhando essas escolas e a gente estuda em uma escola de barro. Por que será?”, lamenta Yezza Silva, de 10 anos.

O secretário de obras de Alcobaça diz que os problemas nas estruturas das escolas ainda não foram resolvidos por falta de pessoal. “Nós herdamos muitos problemas nos prédios públicos e a partir de 2013 estamos dando a manutenção nessas escolas”, afirma Hugo Sulz. (Por Ronildo Brito)

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