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Teixeira: Polícia Civil elucida homicídio bárbaro cuja ação foi filmada pelos matadores

Publicado em: 24 de fevereiro de 2020 Atualizado:: fevereiro 24, 2020

A Polícia Civil, sob o comando do delegado da Pasta de Homicídios, Manoel Andreeta, chegou a conclusão do inquérito policial, referente a um homicídio consumado, praticado contra a vítima Elenilton Moura dos Santos, o “Kaká” (de 39 anos), crime ocorrido na madrugada do dia 18 de janeiro, por volta das 02h00, sendo o corpo da vítima encontrado em decúbito dorsal, apresentando lesões corporais generalizadas provocadas por instrumentos contundentes, inclusive lesões de defesa nos braços e pernas, fato ocorrido na baixada do Bairro São Lourenço, no final da Rua André Medeiros, próximo às bananeiras. A equipe do plantão adotou as providências preliminares realizando o levantamento cadavérico da vítima em conjunto com as Equipes da PM e do DPT local.

O caso foi encaminhado para a Pasta de Homicídios, e o delegado Manoel Andreetta, após o desenvolvimento das investigações, imprimidas em conjunto com o SI – Serviço de Inteligência da 8ª COORPIN, através dos investigadores Sérgio Adriano, Alexandre Augusto, Alex Honorato e Marcos Gomes, apuraram que a vítima Elenilton encontrava-se envolvida com a prática de crimes de furtos e roubos neste Município, tanto de pessoas como de residências, havendo informações de que a mesma também promovia o arrombamento de lojas comerciais.

Segundo apurou a redação do Liberdade News, a vítima contava com várias passagens registradas nesta Delegacia pela prática de crimes contra o patrimônio, além de ser viciado em drogas e de ter envolvimento com o tráfico no Bairro São Lourenço, mantendo ligações íntimas com o grupo de traficantes denominado grupo de Jacó, pessoas com quem promovia a troca dos objetos adquiridos através de suas ações criminosas, recebendo em pagamento parte das drogas destinada à revenda para o grupo e parte para seu consumo próprio, atividades ilícitas de onde a vítima retirava seu sustento.

Não obstante, os investigadores descobriram que a vítima já dispunha de um desgaste com os seus comparsas, pois vinha praticando uma série de crimes contra o patrimônio dentro da área de atuação e controle do grupo, atitude repudiada pela organização criminosa, no momento em que vinha trazendo descontentamento entre os moradores daquela comunidade, os quais os criminosos pretendiam proteger, além de atrair a atenção e de trazer a presença da polícia ostensiva para o bairro, o que vinha acarretando graves prejuízos financeiros ao grupo.

Segundo a polícia, essas atitudes vinham afugentando os consumidores de drogas, “clientes” do tráfico, pela prisão dos seus “colaboradores” e agregados, permitindo também a apreensão de drogas, armas, veículos e dos demais objetos de propriedade do grupo, obtidos por meios ilícitos. Por conseguinte, a polícia descobriu que a vítima Elenilton acabou sendo morta pelos seus próprios comparsas, integrantes do grupo criminoso denominado grupo de Jacó, contando com a participação de um adolescente de 16 anos, além das pessoas de Ezequiel da Cruz Santos, o “Negão” (de 20 anos) e a pessoa de Henrique dos Santos Moreira, o “Côco” (de 20 anos), ex-interno do CPTF.

O crime ocorreu após a vítima ter saído da “cadeínha”, como é apelidada a cela da custódia, situada na carceragem da Delegacia Regional, oportunidade em que delatou aos policiais as “bocas de fumo” ou seja, os pontos de vendas e distribuição de drogas dominados pelo grupo, situados no Bairro São Lourenço, local onde a vítima havia repassado uma televisão, entre outros objetos furtados, subtraídos de uma residência situada naquela localidade, após uma ação criminosa mal sucedida.

Após ser devidamente inquirido e liberado pela polícia, Elenilton foi localizado pelos seus comparsas na madrugada do dia 18/01/2020, e, após ser arrastado em via pública na presença de curiosos e de moradores locais, onde passou a ser linchado publicamente, agredido por socos, chutes, chineladas, pauladas e pedradas, desferidas pelos impiedosos executores em meio a xingamentos de “caguete”, “delator”, “traidor” e toda sorte de impropérios proferidos em alto e bom tom, para que todos que passavam por ali escutassem, servindo de exemplo visando desestimular futuras delações.

A ação foi toda filmada pelos integrantes do grupo criminoso e publicada nas redes sociais locais, fato que causou grande repercussão e comoção social, desencadeando o terror e uma insustentável sensação de insegurança junto aos membros das comunidades envolvidas, sendo certo que, após praticarem o crime, os executores deixaram o local tomando rumo ignorado, para serem, posteriormente, devidamente identificados após as diligências e as investigações realizadas pelos policiais civis responsáveis pela Pasta de Homicídios, lotados na Delegacia Regional.

Segundo o Delegado Manoel Andreetta, “os trabalhos na Pasta de Homicídios seguem a todo vapor, contando com o total empenho e dedicação dos policiais civis envolvidos nas investigações, com respostas rápidas e contundentes para a comunidade Teixeirense, permitindo a manutenção do controle da cidade e a redução notória e impactante nos índices dos crimes contra a vida, trazendo uma sensação ainda maior de segurança, a promoção da confiança e a ampliação da qualidade de vida para toda a nossa comunidade”. O Inquérito Policial foi devidamente concluído, relatado e encaminhado à Justiça com o pedido de prisão preventiva dos maiores envolvidos e da internação provisória do adolescente infrator.

Por: Edvaldo Alves/LN


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