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Prado: Mayra cancela concurso e cria situação de caos no município

Publicado em: 5 de agosto de 2013 Atualizado:: agosto 5, 2013

MAIRA B

Desde quando assumiu o comando da Prefeitura de Prado, em 1º de janeiro de 2013, a prefeita Mayra Brito (PP) demonstrou intenção de cancelar um concurso público realizado em 2010 pelo ex-prefeito Jonga Amaral (PCdoB), supostamente por possíveis irregularidades. Após consultas e algumas notas distribuídas à imprensa regional, nesta última semana e através do Decreto Municipal 148/2013, a chefe do executivo extinguiu oficialmente o concurso e exonerou todos os 288 servidores aprovados no mesmo.

O maior questionamento dos novos desempregados do município de Prado, que por ser um município praiano, registra alto índice de desemprego principalmente na baixa estação, é que Mayra Brito, ao invés de recorrer para anulação do certame via Justiça, sem nenhuma análise técnica teria tomado a decisão, supostamente para diminuir despesas da Prefeitura Municipal.

“OS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS, aprovados através do concurso público regulamentado pelo edital n.º 001/2010 e homologado em 01/01/2011 através do decreto 001/2011 vêm mais uma vez a público externar indignação e repúdio contra a anulação do concurso público, através do decreto n°. 148/2013 assinada pela Prefeita Mayra Pires Brito.  Com a anulação, a cidade de Prado, passa a ter 288 FAMÍLIAS DESEMPREGADAS”, diz o trecho de uma nota distribuída à imprensa pelos servidores exonerados.

“Diante dessa situação que é entendida como perseguição política por parte da prefeita e de seu grupo político, nós, servidores, hoje demitidos, revoltados com a situação queremos compartilhar com toda a população pradense o terrorismo psicológico, sofrimento e a crueldade que nós, juntos aos nossos familiares estamos enfrentando. Queremos explicar para a população que nós concursados, desde 2010, adquirimos dívidas, financiamentos e empréstimos confiando na estabilidade do concurso. Temos também, pessoas que abriram mão de outros concursos de cidades circunvizinhas porque passaram neste e escolheram o Prado para morar e trabalhar, agora estão desempregadas e abandonadas à própria sorte”, afirmam.

Os servidores também denunciam que o ex-prefeito Wilson Brito, quando governou o Prado, tomou uma atitude semelhante. “É a segunda vez que a família Brito, primeiro o pai WILSON BRITO e agora a filhaMAYRA BRITO insiste em anular um concurso para desempregar o povo pradense. Em 2001 ocorreu a mesma problemática. O concurso público feito no ano de 1998 foi cancelado pelo pai da atual prefeita, alguns dos candidatos se sentiram lesados e injustiçados, lutaram e ganharam o direito de exercer suas atividades públicas na justiça. Muitos ficaram sem trabalhar por um ano, sofreram e tiveram que sair da sua cidade natal para irem em busca de trabalho. Como se vê a história se repete. Além disso, com a recondução dos concursados de 1998 para os cargos que foram aprovados, por determinação da justiça, a prefeitura de Prado/BA precisou indenizar os candidatos que ganharam a causa, esvaziando assim, os cofres públicos”.

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Na semana passada a prefeita Mayra reuniu a imprensa no auditório do Hotel Jacarandá, em Teixeira de Freitas, quando justificou a sua atitude. O pronunciamento da chefe do executivo repercutiu pouco na região.

Além da problemática com os 288 funcionários demitidos, bem como seus familiares, a prefeita Mayra Brito, sem nenhuma experiência administrativa, sofre críticas nas áreas de educação, saúde e abandono das estradas, além da falta de habilidade política para lidar com os problemas comuns da gestão pública. Até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), unidade almejada por vários municípios baianos, foi fechada na cidade do Prado.

Informações dão conta que o próprio Wilsinho Brito, pai de Mayra e o seu maior cabo eleitoral, não estaria nada satisfeito com o andamento do governo da filha.

Por Ronildo Brito/TN


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