De acordo com Núcleo de Combate a Homicídios da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior, João Paulo Almeida, de 20 anos, foi assassinado por um adolescente de 17. Os dois eram amigos de infância.

O crime foi cometido com a arma da vítima, que estava em posse do autor dos disparos que atingiram a cabeça de João. Na noite do homicídio, 9 de março, na rua Líbia, bairro Liberdade, os dois estavam juntos andando pela rua, como costumavam fazer nos finais de noite. João pediu de volta o revólver calibre 38, mas o que recebeu foram os disparos que acabaram tirando a sua vida.

Segundo apurou as investigações comandadas pelo delegado titular Marco Antônio, o assassinato foi induzido por Rafael Silva Guimarães, 20 anos, apontado como controlador do tráfico do Liberdade I. João era usuário de drogas e estava devendo ao suposto traficante. Ele chegou a oferecer uma bicicleta para quitar a dívida, mas a oferta foi recusada por Rafael, que queria o pagamento em dinheiro.

Quando percebeu que o devedor não tinha condições de lhe pagar, Rafael resolveu dar fim à sua vida. De uma forma estratégica, ele teria contado ao menor que João estava tramando sua morte.

O adolescente conta que ficou com medo de morrer e resolveu matar João antes de descobrir se a informação tinha procedência verídica, ou, não.

Apesar das afirmações, tanto do menor quanto do Rafael, a Polícia acredita que não houve indução. O Serviço de Inteligência investiga se o assassino teria prestado serviço ao tráfico na execução de João. O envolvimento dos dois em outros crimes de homicídios também está sendo apurado.

Com base nos depoimentos de terça-feira, 19, a Polícia Civil formulou o pedido de prisão preventiva de Rafael e de um terceiro envolvido no crime, um homem conhecido como Kelson, parceiro do suposto chefe do tráfico na região do Liberdade, que está foragido. O menor será apresentado ao Ministério Público.

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