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Operação Caraíva: Cada braço de quadrilha tinha função específica

Publicado em: 6 de novembro de 2013 Atualizado:: novembro 6, 2013

CARAÍVA

A quadrilha desarticulada na Operação Caraíva, da Polícia Civil, no último fim de semana, apresentava grande poder de organização. O coordenador da 23ª Coorpin, delegado Élvio Brandão, afirmou que cada braço da organização criminosa tinha sua função específica. Havia pessoas para roubar os carros, outras para transportá-los e até quem clonava os documentos dos veículos.

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‘Os celulares roubados, por exemplo, eram encaminhados para o Severino Luis de Mesquita, de Itabela, que fazia a formatação’, disse o delegado Élvio Brandão, coordenador da 23ª Coorpin. Tudo isso facilitava a comercialização do material roubado. ‘Acreditamos que muitas pessoas que compraram esses veículos podem até desconhecer a sua natureza ilícita’, afirmou o delegado.
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14 pessoas foram presas em Eunápolis, Porto Seguro, Teixeira de Freitas e nas cidades de Serra e Vila Velha, região metropolitana de Vitória (ES).  Entre os detidos está Edimar Gomes de Souza, 23 anos, o ‘Piu-Piu’, foragido da cadeia de Eunápolis e apontado como líder da quadrilha.

 

‘Essa quadrilha vinha causando grande temor na região. Esses roubos eram feitos durante as madrugadas. O cidadão já não podia trafegar nas estradas com segurança porque eram perseguidos. Indivíduos de alta periculosidade, que chegavam a atirar nos motoristas, gerando até acidentes’, frisou Élvio.

Mas o grupo não roubava somente carros. O delegado Élvio Brandão informou que os bandidos assaltavam fazendas e estabelecimentos comerciais e traficavam armas e drogas. O roubo aos supermercados Frosard, em Porto Seguro e Via Cabrália, em Itabela, rendeu quase R$ 100 mil para a quadrilha.

O apoio logístico, por exemplo, era dado por Ailton Ribeiro de Jesus e pelo taxista Fabrício Ramasciote Santos, de Itabela. Ribeiro e Carleonis Andrade Silva, o Zói, os primeiros a serem presos, foram baleados em uma troca de tiros com a polícia civil em Porto Seguro no mês passado.

A Operação Caraíva ganhou este nome porque foi na Praia de Caraíva, em Porto Seguro, que em janeiro quatro bandidos renderam turistas que eram transportados de táxi para o aeroporto de Porto Seguro.

‘Daí por diante nós desenvolvemos todo um trabalho de inteligência para entender como funcionava o esquema criminoso e tivemos um desdobramento positivo. Fomos desaguar em uma quadrilha imensa que estava atuando em todo o extremo sul da Bahia e já migrando para o Espírito Santo e Rio de Janeiro’, declarou o titular da Delegacia de Proteção ao Turista em Porto Seguro, delegado Ricardo Feitosa.

‘É uma corda de caranguejo. Ainda existem outras pessoas’, finalizou Élvio.

Radar64


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