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Negligência: SAMU não comparece e mulher morre sem atendimento em bairro de Teixeira

Publicado em: 17 de novembro de 2015 Atualizado:: novembro 17, 2015

MULHER 1

Uma mulher identificada como Maria de Fátima Lima dos Santos, 27 anos, morreu no final da noite desta segunda-feira, 16 de novembro, enquanto esperava o socorro do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (SAMU), em Teixeira de Freitas.

De acordo com informações de Márcia Gonçalves Lima, irmã da vítima, Maria teria chegado em casa depois de sair do Regional, onde acompanhava uma vítima de acidente ocorrido no domingo e estava aparentemente bem.

Depois de tomar banho e jantar, a família de Maria conta que ela começou a passar mal. A mulher caiu ao chão e começou a se debater enquanto sua boca espumava. Neste momento Márcia teria ligado para o SAMU, mas, segundo ela, depois do Técnico Auxiliar de Regulação Médica (Tarm) colher o endereço e informações preliminares sobre a situação da vítima, o telefone foi desligado.

Ainda de acordo com Márcia, os vizinhos tentaram falar novamente com o SAMU, mas algumas ligações não foram atendidas e em outro telefonema, o atendente acreditou se tratar de um trote e desligou o telefone.

Desesperados, a família conta que populares saíram à procura de um carro particular para socorrer Maria, mas depois de uma hora, quando conseguiram o veículo, a vítima já estava morta, “conseguimos falar como SAMU, depois disso e eles deveriam pelo menos constatar o óbito, mas pediram que procurássemos a delegacia para remover o corpo”, comentou.

Corpo a espera da remoção no chão da casa

Depois de notarem que Maria já não respirava mais, os familiares procuraram a delegacia, onde foram informados por um plantonista, que o Instituto Médico Legal (IML) não fazia remoção àquela hora da noite, sendo orientados a voltarem na manhã de terça-feira.

E foi o que fizeram: o corpo de Maria só foi removido por volta das 9 horas da manhã e encaminhado para exames de necropsia para identificar a causa da morte.

Depois de tomar conhecimento do caso, o delegado titular, Kléber Gonçalves informou que houve uma falha na comunicação entre a Polícia Civil e IML, já que o órgão costuma adiar remoções em casos de falecimentos em hospitais, fora isso, os corpos são buscados em qualquer horário, inclusive em cidades vizinhas, como ocorrem várias vezes.

Pela manhã, quando o auxiliar de necropsia chegou a casa da vítima localizada na rua Primavera no Tancredo Neves, para fazer a remoção, foi bastante questionada pela demora e informou que só foi avisado do corpo momentos antes.

Sobre o não comparecimento da ambulância do SAMU quando solicitada pela família e vizinhos da vítima, o delegado adiantou que irá oficiar o órgão da Saúde, para apurar se realmente houve caso de negligência.

Resposta do SAMU

O Sulbahianews conversou com o Coordenador Médico do SAMU, Fábio Rocha, e ele informou que está apurando o caso, inclusive já teria solicitado as gravações das ligações feitas após as 23h24, horário da primeira ligação.

Ainda segundo Fábio, a coordenação ainda não conseguiu contato com o médico regulador que estava de plantão na noite anterior, que é quem analisa os casos sendo responsável pela liberação das ambulâncias conforme a situação das vítimas. Por Uinderlei Guimarães/SN


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