Os dois principais líderes do PR na Bahia, o deputado federal José Rocha, presidente da legenda no estado, e o ministro César Borges (Transportes) ainda não sabem se poderão manter a palavra com o governador Jaques Wagner e apoiar a candidatura de Rui Costa (PT). Na Executiva estadual, ambos controlam cerca de 15 dos 22 votos. Lista que inclui a ex-primeira-dama Tércia Borges, os ex-deputados Pedro Alcântara e Márcio Oliveira, o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Eduardo Santana, que é cunhado do vice-governador Otto Alencar (PSD), além de Manoel Rocha, prefeito de Coribe e filho do dirigente na sigla no estado. Mesmo com a maioria absoluta, o acordo com os petistas pode melar pelo racha na cúpula nacional do PR, onde o ex-ministro Alfredo Nascimento, a favor da aliança com a presidente Dilma Rousseff, se digladia com a ala que inclui o senador capixaba Magno Malta, parlamentares de Minas e do Rio, como Anthony Garotinho, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado do mensalão, mas ainda poderoso no comando central dos republicanos. Como o PR baiano existe apenas em forma de comissão provisória, esta seria dissolvida com uma vitória da ala dissidente sobre a turma ligada ao PT na convenção nacional do partido, dia 21. O que pode jogá-lo no colo do candidato do DEM, Paulo Souto. De quebra, o controle da sigla no estado ficaria para o grupo minoritário e alinhado com a oposição, formado pela ex-prefeita de Candeias, Tonha Magalhães, e pelo ex-deputado federal Eujácio Simões.

 

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