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João Perninha é emboscado e morto crivado de balas em Posto da Mata

Publicado em: 9 de julho de 2013 Atualizado:: julho 9, 2013

 

PERNINHA

O traficante João Carlos Jesus Moreira, o “João Perninha” ou “João da Locadora”, 37 anos, que era natural do distrito de Juerana, no município de Caravelas e residia na Rua das Hortênsias no bairro Primavera em Posto da Mata, foi assassinado por uma rajada de tiros disparados por homens que fugiram em uma moto preta. O crime aconteceu por volta das 19h30 desta segunda-feira (08/07), quando “João Perninha” tão logo desceu do carro e adentrou à casa da sua ex-namorada, na Rua Nanuque nº 391, no bairro Jardim das Mangueiras em Posto da Mata, distrito do município de Nova Viçosa.

Conforme o delegado Samuel Martins, titular da Polícia Civil de Nova Viçosa, no local não foi possível colher o testemunho de ninguém, tendo em vista que a vítima era um traficante e o crime é característico da guerra pelo trafico de drogas que muito representa perigo e ameaças às pessoas e por estas razões, ficou difícil se encontrar alguém que pudesse colaborar nas investigações durante o calor da eclosão dos fatos.

 

Conforme ainda o delegado Samuel Martins, ao lado do cadáver sua equipe recolheu 8 projéteis que transfixaram do corpo da vítima e 3 cápsulas calibre 9-milímetro. Os matadores estariam seguindo o traficante e tão logo desceu do seu veículo e antes que adentrasse na residência da sua ex-namorada, essa que está se recuperando de uma cirurgia e a qual ele faria uma visita, os matadores lhe emboscaram e descarregaram duas armas de fogo semiautomáticas contra o mesmo que foi abatido com 15 tiros em várias partes do corpo, principalmente cabeça. “João Perninha” foi alvejado ainda em via pública e mesmo metralhado, ele conseguiu entrar na casa e caiu morto no quintal do imóvel.

 

O traficante João Carlos Jesus Moreira, o “João Perninha” ou “João da Locadora”, 37 anos, além de possuir muitos inimigos, vivia atualmente sendo monitorado pelas polícias Civil e Militar por envolvimento com o tráfico de drogas e era considerado o maior distribuidor de entorpecentes de Posto da Mata. Contudo, nos últimos três anos ele passou a ser mais cauteloso, após ficar conhecido de forma interestadual após se envolver no assassinato de um engenheiro em Vitória-ES.

 

No dia 10 de fevereiro de 2009, a Delegacia Regional de Tóxicos e Entorpecentes, promoveu a prisão de um casal em Posto da Mata em posse de três bombas de fabricação caseira, uma escopeta calibre 12, uma escopeta artesanal, um facão, dois revólveres calibre 38 e três tabletes de maconha, cujo armamento foi apontado como sendo de “João Perninha”. Em 25 de setembro de 2009, João foi preso pela polícia do Espírito Santo, suspeito de tráfico de drogas, tendo sido encontrados com ele um revólver calibre 357 de uso restrito das forças armadas e uma pistola calibre 380, além de dois carregadores e vasta munição de vários calibres.

 

No dia 28 de janeiro de 2010, o delegado Samuel Martins prendeu um elemento com droga na cidade de Nova Viçosa, que confessou em oitiva que estava apenas transladando a droga de Posto da Mata para Nova Viçosa, cumprindo a  empreitada a mando de “João Perninha”. No dia 5 de fevereiro de 2010, policiais militares da CAEMA – Companhia de Ações Especiais da Mata Atlântica, prenderam “João Perninha” em Posto da Mata, sob a suspeita que naquela noite ele mataria um desafeto conhecido pelo apelido de “Mineiro”, com o qual se apreendeu um cartucho intacto de 38 no interior do seu veículo, além de uma Pistola Automática calibre 380, marca Taurus, de numeração 55871, municiada com 14 cartuchos intactos no pente. 

 

Em julho de 2009, “João Perninha” teve sua prisão temporária decretada pela justiça do Espírito Santo, por ter sido identificado como real dono do Fiat/Pálio, cor prata, placa JMJ-7072 Nova Viçosa/BA., usado pelos dois pistoleiros que às 07h48 do dia 3 de março de 2009, mataram com 5 tiros, o engenheiro aposentado da Petrobrás, Otaviano Gomes Filho, 65 anos, enquanto fazia a sua caminhada de rotina no calçadão da orla da Praia de Camburi, zona leste da capital capixaba.

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O crime teria sido encomendado pela empregada da vítima, a teixeirense Marilene Santos de Souza, 40 anos, presa no dia 28 de julho de 2009, no interior de uma Igreja Evangélica na cidade de Ruy Barbosa, na região da Chapada Diamantina, sertão da Bahia, em posse de R$ 83 mil em espécie na bolsa. Contudo, “João da Locadora”, foi solto dias depois, por intermédio de um alvará de soltura da justiça. Além desse e outros fatos, “João Perninha” respondia desde 2002, por um crime de homicídio cometido em Araras/SP.

“João Perninha” também era denunciado nos autos do processo da ação penal de nº 051.10.001802-0, na cidade de Pedro Canário, no extremo norte do Espírito Santo, como um dos 7 denunciados que arquitetaram o assassinato a tiros do comerciário João Severino Firmino, o “Dão”, 36 anos, eliminado com um tiro de escopeta, enquanto estava ao volante de uma caminhonete Fiat/Strada, cor prata, de placa JQI-6935/Nova Viçosa/BA., com outras 4 pessoas a bordo. A emboscada fatal ocorreu às 23h50, de sexta-feira do dia 17 de abril de 2009, na altura do Km 05 da rodovia BR-101, em território do município de Pedro Canário. 

O presidente do inquérito do caso na época em Pedro Canário, delegado José Augusto, desvendou o misterioso assassinato diante da quebra do sigilo telefônico dos envolvidos, tendo em vista que o plano já havia sido descoberto, porque dois meses antes do crime, a vítima havia sofrido um homicídio tentado, quando estava parado na cabine do mesmo carro em um semáforo na cidade de Linhares, na sexta-feira de carnaval do dia 20 de fevereiro de 2009. E numa coincidência, os autores foram ao mesmo tempo flagrados também no grampo telefônico autorizado pela justiça de Nova Viçosa, numa operação desenvolvida pelo delegado Samuel Martins, que investigava elementos envolvidos com o tráfico de drogas na Bahia. 

O João Carlos Jesus Moreira, o “João Perninha”, segundo os autos, foi o homem que comandou a operação para cometer o crime de “Dão”, além de ter emprestado a Caminhonete Preta para o “serviço”, emprestado a arma do crime e fornecido 10 cartuchos intactos para os pistoleiros. E nos grampos telefônicos autorizados pela justiça, ele ficou conhecido pelo uso de um jargão, “dessa vez é pra furar o bloco”, dando a entender que com a escopeta em mãos, desta vez os pistoleiros não errariam o alvo.

Por Teixeiranews

 

 


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