Na companhia do Procurador Geral do Município, advogado José Antônio Barbosa Silva, do Secretário Municipal de Administração, administrador Eujácio Dantas e do vice-prefeito Gilberto Souza Santos, o “Gilberto do Sindicato” (PC do B), o prefeito João Bosco Bittencourt (PT), se reuniu na manhã desta segunda-feira (15/04), com os vereadores do município na sala das comissões permanentes da Câmara Municipal para dar satisfações aos parlamentares sobre a prorrogação por mais 90 dias do Decreto de Emergência, Decreto n° 017 de 07 de janeiro de 2013 no município de Teixeira de Freitas, que tinha prazo mínimo de 90 dias e agora o máximo é de 180 dias, cuja reunião foi presidida pelo vice-presidente da casa, vereador Adriano Santos Souza (PTN).
O vereador Ailson da Cruz Pereira (PSDB), se declarou contra o decreto porque na sua visão, o município não passa por nenhum colapso para possuir dois decretos emergenciais e para ele, o decreto tem sido visto pela população como manobra da gestão, somente para comprar sem licitação. Ailson Cruz disse que reconhece o pouco tempo de gestão, mas falou ao prefeito que a população está descrente com a falta de ação da administração por causa do descaso e falta de funcionamento de vários setores públicos do município principalmente na saúde e culpou a própria administração de não ter executado um melhor processo de transição antes de assumir o município.
“Devo dizer ao senhor prefeito João Bosco, que no seu governo, confio nos secretários Eujácio Dantas e Marcílio Goulart, porque os conheço e suas idoneidades são testadas, mas não vou falar o mesmo dizendo que confio nos demais, porque não os conheço”, disse o vereador Ailson, advertindo ao prefeito em relação a alguns integrantes do seu governo. O secretário de administração Eujácio Dantas, declarou que a transição foi feita, mas enfrentou muitas dificuldades para ter acesso às informações do governo anterior e disse que até hoje luta para obter informações da administração passada para conseguir planejar a administração atual, mas só tem enfrentado problemas e tudo está tendo que começar do zero.
O secretário Eujácio Dantas justificou sobre o segundo Decreto (Decreto da Seca 040/2013) que visa principalmente valorizar os pequenos agricultores do município que graças ao decreto estão podendo renegociar suas dívidas e tomar mais empréstimos para promover seus investimentos na agricultura e o município está podendo também buscar recursos para investir nos variados campos de atuação da agricultura rural. O vereador Ariston Pinheiro da Costa (PP), disse que a Câmara tem intenção e quer ajudar o governo João Bosco a acertar nos seus planos administrativos e admitiu que confia no gestor e é ele que sabe da sua necessidade, mas que não se esqueça das prioridades emergenciais da cidade.
O vereador Ednaldo Rezende dos Santos (PT), explanou que a ida do prefeito à Câmara é um gesto de coragem para esclarecer um ato puramente de responsabilidade do Poder Executivo e que reconhece os problemas de todo início de governo. O vereador Agnaldo Teixeira Barbosa “Agnaldo da Saúde” (PDT), também disse que apoia o decreto e confia no que o prefeito está prometendo fazer com a medida, mas que a população precisa enxergar estas medidas. Já o vereador Domingos Oliveira Donato “Domingos do Fórum” (PSC), disse ser de acordo com o decreto do prefeito, no entanto, ressaltou que tem que haver habilidade e gestão administrativa diante do alcance do decreto, porque entende que a sociedade precisa ser contemplada com os benefícios destas medidas.
Em relação ao Decreto Emergencial que terá duração de 6 meses, o prefeito João Bosco disse que espera revogar este decreto antes do tempo, porque pretende solucionar os problemas do município bem antes. E destacou em relação ao segundo Decreto da Seca dizendo que quem está ganhando são os agricultores que estão podendo renegociar seus financiamentos bancários. E em relação ao Decreto Emergencial, disse: “Além de todo beneficio que o decreto está trazendo, o responsável é prorrogar o Decreto, ao invés de comprar sem licitação. O decreto é um expediente legal que tenho para comprar de forma emergencial. E em três ou quatro meses não se cria uma estrutura administrativa e nem organiza um governo e, foi preciso primeiro encontrar as pessoas certas e criar processos profissionais nas secretarias e setores para se criar um fluxo definido, para que conseguíssemos administrar nesse início de gestão e efetivamente montar nosso planejamento para os próximos 4 anos”, disse João Bosco.
Por TeixeiraNews