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Dupla é acusada de matar 17 pessoas em menos de três anos em Eunápolis

Publicado em: 10 de julho de 2017 Atualizado:: julho 10, 2017

DUPLA 1

EUNÁPOLIS: Dois homens, suspeitos de matar pelo menos 17 pessoas na cidade de Eunápolis em menos de três anos, foram apresentados pela Polícia Civil nesta segunda-feira (10). Ueliton dos Santos Pereira Passos, 29 anos, o Bonerge e Kalebe Ferreira Alves, de 25, também são investigados por roubos e tentativas de homicídios.

O delegado Bernardo Pacheco – titular da 1ª Delegacia Territorial-, destaca que entre os crimes que mais repercutiu está o ataque que deixou três pessoas mortas, em 11 de junho, nos bairros Juca Rosa e Rosa Neto. “Eu diria que 90% desses crimes estejam relacionados à guerra do tráfico e ao domínio de regiões por as facções criminosas”, destacou Pacheco.  Para o delegado, nem sempre Bonerge executava os rivais diretamente. “Tendo em vista que ele é chefe de uma facção criminosa, podia determinar que outros praticassem os crimes”, ressalta o delegado.

A delegacia de Repressão a Furtos e Roubos também já vinha investigando a dupla. O delegado Rodolfo Faro informa que nos últimos meses Bonerge e Kalebe cometeram dois assaltos. Em um deles, um taxista que quase foi baleado. “O taxista foi abordado no circuito do Pedrão e colocado no porta-malas do próprio veículo. A vítima conseguiu sair, mas, enquanto fugia, os bandidos atiraram. Mas os disparos não acertaram o taxista”, frisa.

Segundo Rodolfo Faro, já existia um mandado de prisão conta a dupla por um roubo de um carro, em junho, no bairro Pequi. “Estamos representando pela segunda preventiva em razão dos crimes cometidos contra o taxista”, ressaltou. Os acusados haviam sido presos no começo do mês, no município de Ipiaú, a cerca de 330 quilômetros de Eunápolis, sob a acusação de tráfico de droga e porte ilegal de arma de fogo.

Quatro dias depois, eles foram recambiados para a delegacia de Eunápolis. Bonerge e Kalebe negam qualquer participação nos crimes. Eles dizem que resolveram fugir da cidade porque são dissidentes de uma facção criminosa e que por isso vinham sendo ameaçados de morte.

Mas para o delegado Bernardo, apesar das negativas, os indícios contra os acusados são contundentes. “Iremos remeter essas informações para a justiça, dar continuidade às investigações”, disse Bernardo, informando que a 1ª Delegacia Territorial já havia feito diversas representações à justiça, que ainda estão em análise, solicitando tanto a prisão preventiva, quanto a temporária dos dois.


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