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Depois de amargar seis dias aguardando atendimento especializado andarilho veio a óbito

Publicado em: 12 de maio de 2014 Atualizado:: maio 12, 2014


JORGE 1
O andarilho Jorge Gonçalves Medeiros, 59 anos, popular em Medeiros Neto pelo hábito de pedir 10 centavos, morreu na madrugada deste domingo (11), no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. Com traumatismo craniano e fratura da fíbula direita, além de várias escoriações, ele ficou seis dias aguardando atendimento neurológico e ortopédico.

Jorge estava na lateral da rodovia BA-290, no último dia 30, quando foi atropelado por um carro que, apesar do esforço da Polícia Militar, não foi identificado. A vítima foi socorrida pela equipe do SAMU e levado para o Hospital Municipal de Medeiros Neto, onde permaneceu inconsciente e com déficit de oxigênio até o dia 6 de maio, quando foi transportado em uma aeronave para a capital baiana, graça ao esforço de muitos, inclusive do secretário da Saúde do município, Fabiano Rodrigues, que fez contato direto com o secretário de Saúde da Bahia, Washington Luís Silva Couto.

O diretor do hospital de Medeiros Neto, Danilo Bravin, informou ao Radar58 que a secretaria da Assistência Social está providenciando o translado do corpo para Medeiros Neto, onde deve ser velado e sepultado. Na previsão do diretor, o corpo deve chegar à cidade nesta terça-feira (12).

“O que estava em nosso alcance e em nossa competência para salvar Jorge foi feito”, resumiu, consternado. O secretário ressaltou a sensibilidade de toda a equipe do Hospital Municipal de Medeiros Neto que, durante uma semana, não mediu esforços no sentido de manter Jorge vivo, até que fosse levado para Salvador.

Apesar do esforço dos envolvidos com a Saúde medeirosnetense e tantos outros, Jorge ficou à mercê da boa vontade de quem tinha nas mãos o poder de ter dado a ele uma segunda chance.

No fim da triste história do andarilho Jorge, cidadão que espalhou simpatia na terra de Água Fria, não se sabe se quem o matou foi o motorista irresponsável ou se foi a decisão da diretoria do Hospital de Teixeira de Freitas que, diante da vida, demonstrou tão somente falta de humanidade.

Por: Edelvânio Pinheiro


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