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Dados do AM sugerem chance de imunidade coletiva do coronavírus vir antes do previsto

Publicado em: 7 de agosto de 2020 Atualizado:: agosto 7, 2020

Especialistas analisaram dados da pandemia no estado do Amazonas e levantaram a hipótese de que a imunidade coletiva, ou de rebanho, ao novo coronavírus pode ser alcançado quando cerca de 20% da população é infectada. As informações são da Agência Fapesb. A teoria, de acordo com a reportagem, vem ganhando força na comunidade científica.

Até então se falava em imunidade coletiva entre 50% e 70% da população.

A Fapesb ressalta que quando se olha para a evolução da CovidD-19 no Amazonas, é possível ter uma ideia do que ocorreria em boa parte do mundo caso os governos optassem por deixar a pandemia seguir seu curso natural, com poucas medidas efetivas para mitigar o contágio.

A reportagem lembra que no meio de abril, apenas um mês após a confirmação do primeiro caso em Manaus, o sistema de saúde local entrou em colapso. No fim de maio, quando a prefeitura da capital amazonense precisou abrir covas coletivas para sepultar as vítimas, o número de novos casos e óbitos diários atingiu o auge e, a partir desse momento, começou a cair. A Fapesb ainda destaca que a tendência de queda vem se mantendo constante no Amazonas, mesmo com comércio e escolas em funcionamento desde junho, e a despeito de estudos indicarem que nem 30% da população desenvolveu imunidade contra o novo coronavírus.

O grupo coordenado pela biomatemática portuguesa Gabriela Gomes (atualmente na University of Strathclyde, na Escócia), que inclui pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), foi um dos primeiros a apontar nessa direção, com base em projeções feitas por um modelo matemático que leva em conta o fato de que os indivíduos de uma população têm diferentes graus de suscetibilidade e de exposição ao vírus, diz a reportagem.

“Chegamos à conclusão de que essa heterogeneidade pode alterar muito os resultados e em um sentido positivo. A epidemia deve ser menor do que o previsto pelos modelos homogêneos [que não consideram os diferentes níveis de suscetibilidade e exposição entre os indivíduos] e o limiar da imunidade coletiva também deverá ser menor do que aquele que os modelos clássicos indicam”, afirmou Gabriela Gomes durante o seminário on-line.

Ela ainda fez uma ponderação. De que alcançar o patamar de imunidade coletiva não significa o fim imediato da epidemia. Como as cadeias de transmissão já estão instaladas na população, é esperado que o número de casos acumulados continue a crescer, ainda que de forma mais lenta, podendo chegar ao dobro do que foi registrado no pico da curva epidêmica. Foto: Reprodução/Pixabay/Bahianoticia


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