Publicado em: 27 de abril de 2015 Atualizado:: abril 27, 2015
O presidente do Tribunal de Júri da Comarca de Eunápolis, juiz Otaviano Andrade de Souza Sobrinho, marcou para o dia 18 de maio próximo o julgamento dos quatro acusados de envolvimento na morte do radialista Ronaldo Santana, 38 anos, ocorrido em outubro de 1997. Quase 18 anos após o crime que chocou a imprensa, com repercussão mundial, os suspeitos vão sentar no banco dos réus.
O ex-prefeito de Eunápolis, Paulo Ernesto Ribeiro da Silva (o Dapé), é apontado como mandante do crime, tendo como coautores o bancário Antônio de Oliveira Santos (Toninho da Caixa), Maria José Ferreira de Souza (conhecida como Maria de Sindoiá) e Waldemar Batista de Oliveira (Dudu). Na ocasião do crime eram todos servidores públicos empregados na Prefeitura de Eunápolis.
O juiz Otaviano Souza Sobrinho marcou o júri para o dia 18 de maio às 8h30, no Fórum de Eunápolis, no bairro Dinah Borges. O julgamento, com previsão inicial de durar três dias, será um momento importante para o desfecho do caso quando a população e todos os interessados saberão se o júri vai aceitar a denúncia do Ministério Público ou se acatará a tese da defesa, que alega a inocência dos quatro acusados.
Entenda o caso:
O julgamento do bancário Antonio de Oliveira Santos, o Toninho da Caixa, previsto para a segunda-feira (21), no fórum de Eunápolis, foi suspenso pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia nesta sexta-feira (18), em decisão liminar.
O pedido de suspensão do julgamento foi feito pelos advogados de defesa do ex-prefeito de Eunápolis, Paulo Dapé, que apontaram o risco de “prejuízo para a defesa e para a formação de convicção do Conselho de Sentença”, tese reconhecida como razoável pelo desembargador Pedro Augusto Guerra.
Os advogados alegam que até hoje o processo correu sem desmembramento, não havendo fato relevante, nem dispositivo constitucional para justificar um julgamento em separado.
Além de Toninho da Caixa e Paulo Dapé, os demais acusados no caso Ronaldo Santana são Maria Sindoiá, ex-servidora municipal e Valdemir Batista de Oliveira (Dudu).
O ex-segurança Paulo Sérgio Mendes Lima, também acusado, já foi julgado e condenado a 19 anos de prisão.
Com informações do radar64